Chuvas seguem presentes em grande parte do país, com volumes variando entre regiões, influenciando o ritmo das semeaduras e a recuperação das pastagens.
Fonte: Scot Consultoria
O prognóstico observado na quarta semana irá se manter semelhante na última do mês e no início de novembro. Amazonas, Acre, Rondônia e o Sul do Pará irão registrar os maiores volumes de chuva, com acumulados variando entre 15mm e 35mm, podendo superar essas médias em pontos isolados.
No Norte do Pará, assim como no Amapá e em Roraima, as chuvas serão limitadas; onde ocorrerem precipitações, os volumes não devem ultrapassar os 15mm.
Em Tocantins, as chuvas estarão presentes e com volumes pouco maiores em relação à semana anterior. Ainda assim, as precipitações serão leves e pouco frequentes, com acumulados de no máximo 25mm. No estado, o plantio de arroz avança de forma lenta, acompanhando o ritmo das chuvas. Já a semeadura da soja segue dentro da média, com áreas onde o plantio já foi realizado apresentando boas condições para o desenvolvimento das lavouras.
Nas áreas onde chove, o cenário segue favorável para as pastagens, que continuam em recuperação.
Para o período, o cenário é de chuvas escassas. Precipitações devem ocorrer no extremo Sul do Maranhão e do Piauí, além do Sul e do Sudoeste baiano, porém com acumulados que não ultrapassarão os 15mm. Ainda assim, o contexto geral aponta para volumes dentro da média, com pontos isolados registrando leves anomalias negativas.
Nas áreas de pastagens pertencentes à Zona da Mata e ao Agreste, a capacidade de suporte segue satisfatória. Já nas regiões do Sertão e Meio-Norte, a situação permanece mais crítica, com pastagens ainda comprometidas.
A semeadura de soja, arroz, feijão e milho avança de forma lenta. No extremo Oeste da Bahia, as condições hídricas para as lavouras de soja são consideradas favoráveis, no entanto, no Matopiba como um todo, predominam áreas com baixa umidade, o que limita o avanço da semeadura em regime de sequeiro.
As chuvas tendem a continuar semelhantes ao observado nos últimos dias, com precipitação prevista para todo o território dos três estados, variando entre 20mm e 30mm. Áreas ao Sul de Mato Grosso do Sul podem superar essas médias, chegando a 40mm. Apesar do cenário, as chuvas ainda devem ser irregulares e, em Mato Grosso e no Norte de Goiás, devem ficar abaixo do habitual.
A persistência das precipitações na região favorece a recuperação das pastagens, que seguem melhorando gradativamente.
A semeadura da primeira safra, em relação à média dos últimos cinco anos, está atrasada, no entanto, ganha força de forma gradual. Nas áreas com melhor disponibilidade hídrica, os trabalhos avançam sem problemas. Especificamente para a soja, os mapas indicam condições favoráveis nas áreas já semeadas.
Vale ressaltar que os volumes mais frequentes e intensos serão registrados no início de novembro.
Para a última semana, as chuvas devem manter volumes semelhantes aos da semana anterior, mas devem se intensificar no começo de novembro. As precipitações ainda serão irregulares no curto prazo, porém, dentro da média na maior parte das áreas, com exceção de São Paulo, que terá chuvas acima da média.
São Paulo, o Sul de Minas e o Espírito Santo terão os maiores acumulados, em torno de 45mm. Em Minas Gerais, à medida que se avança para o Norte, as precipitações diminuem, variando entre 15mm e 25mm. No Rio de Janeiro, os volumes ficarão em torno de 30mm.
Esse cenário mantém o bom ritmo de recuperação das pastagens e beneficia a semeadura da safra de verão, que ganha força e está semelhante ao registrado em 2024.
As chuvas continuarão presentes nos três estados, os volumes, porém, variarão conforme o estado. No Paraná, os acumulados devem chegar em 65mm, gerando uma anomalia positiva de precipitação de aproximadamente 25mm.
Em Santa Catarina e no Norte do Rio Grande do Sul, as precipitações ficarão dentro da média, com acumulados entre 25mm e 35mm. Já no Sul do Rio Grande do Sul, haverá um curto período de pouca ou nenhuma chuva, resultando em anomalias negativas de precipitação.
As pastagens mantêm boa capacidade de suporte e as semeaduras de feijão, arroz, milho e soja seguem em bom ritmo. No entanto, é necessário ficar atento ao excesso de chuva, que pode comprometer a semeadura dependendo da região.
Figura 1.
Mapa de precipitação total prevista de 27/10/2025 até 2/11/2025 (mm).
Fonte: NOAA
Figura 2.
Mapa de anomalias de precipitação prevista de 27/10/2025 até 2/11/2025 (mm).
Fonte: NOAA
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