Mercado firme

O mercado do boi gordo trabalha em ambiente firme. Em São Paulo a maioria dos frigoríficos exportadores oferta, de balcão, R$55,00/@, a prazo, para descontar o funrural. Tem quem trabalhe com R$56,00/@, nas mesmas condições, e também foram registrados negócios a R$57,00/@. No Mato Grosso do Sul o boi está firme em R$50,00/@, a prazo, para descontar o imposto. Compra-se muito pouco, tanto em SP quanto no MS, pois há pouco gado disponível para abate. Os confinamentos terminaram e boi de pasto ainda não tem. A Instrução Normativa 34, que libera o trânsito de animais do MS para outros Estados (com exceção daqueles que se encontram nas regiões dos focos de aftosa), poderia conferir um certo alívio aos compradores paulistas. No entanto, é preciso fazer algumas ponderações. Primeiro, a oferta no MS também está ajustada, tanto que os preços locais reagiram ao longo da última semana. Segundo, o governo de SP ainda não sinalizou se irá ou não acatar as determinações da IN, que não tem força de lei. Por fim, os próprios frigoríficos paulistas não se mostram dispostos a trabalhar com animais sul mato-grossenses, pois isso poderia dificultar a derrubada de algumas restrições comerciais. A União Européia, por exemplo, levantou embargo contra as carnes de SP justamente porque o Estado faz fronteira com o MS. Portanto, ao menos para o curto prazo, mantém-se a tendência de mercado firme. (FTR)
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