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Scot Consultoria

Fertilizantes recuam em reais, mas aumentam em dólares


Segunda-feira, 13 de junho de 2005 - 18h35

Estudo da Scot Consultoria registrou que em 2005 os valores dos fertilizantes recuaram em reais nominais, quando comparados aos valores médios de 2004. No entanto, quando a comparação é feita em dólares, houve aumento nas cotações. Observe, na tabela 1, a comparação dos preços, em reais e em dólares dos fertilizantes, divididos em 4 categorias: formulados, nitrogenados, potássicos e fosfatados. Analisando o caso dos potássicos, categoria representada pelo cloreto de potássio no acompanhamento de preços, observa-se um aumento de 20,62% em dólares. De todos os fertilizantes, o cloreto de potássio é o que o Brasil mais depende do mercado internacional, portanto, os preços seguem à risca a cotação americana. O que explica o “fenômeno”? As empresas, especialmente as que trabalham no mercado internacional, estão trabalhando com um dólar mais alto, provavelmente não acreditando na manutenção do câmbio atual. Calculando estas margens de aumento nas cotações do dólar, grosseiramente, poder-se-ia estimar que as empresas de fertilizantes, no caso do cloreto de potássio, estão trabalhando com um câmbio próximo de R$2,95/US$. Recentemente, diversas empresas do setor de eletrodomésticos divulgaram estar trabalhando com câmbio entre R$2,60 e R$2,70. Interessante que a estimativa de câmbio próximo de R$2,95/US$ praticamente se iguala com o que o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) estima como câmbio médio para 2006, em matéria divulgada no “O Estado de São Paulo” de 9 de junho de 2005. Aos produtores essa característica é ruim, pois seus preços reduzem proporcionalmente ao câmbio vigente, não sendo possível reajustar os valores de seus produtos no mercado. E, provavelmente, a futura e esperada alta do dólar tende a elevar cotação dos fertilizantes, mesmo que sensivelmente, ampliando as margens das empresas. Já ocorreu em anos anteriores. As empresas de fertilizantes, por outro lado, procedem desta maneira para se defender das oscilações e aumentar as margens, quando possível. A oscilação excessiva dos preços praticados no mercado não é saudável. Caso abaixassem os preços proporcionalmente ao dólar, seria mais difícil voltar as cotações aos atuais patamares no futuro. (MPN).
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