Boi x carne

Até o encerramento da última semana, o boi gordo em São Paulo, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, acumulava baixa de 3% em relação ao início do ano. Já no atacado, o equivalente físico (carcaça com osso) registrava queda de 12% ao longo do mesmo período, puxada principalmente pela cotação do traseiro. Acompanhe na tabela 1. A carne, ao longo do período analisado, caiu mais que o boi. A forte retração registrada para o equivalente físico foi resultado, principalmente, da desvalorização do traseiro, que responde a 48% da carcaça. O ano se iniciou com defasagem do equivalente físico para o boi gordo em apenas 1%. Nos últimos anos, essa defasagem tem ficado, em média, ao redor de 12%. Os frigoríficos, portanto, trabalhavam com uma boa margem na venda da carne para o mercado doméstico. Porém, o equivalente físico encerrou a última semana 10% abaixo da cotação do boi gordo. Nada de anormal (sob o ponto de vista histórico), mas a situação piorou para a indústria, o que vem dando vazão a pressões baixistas sobre o boi gordo. A sustentação dos preços, tanto da carne quanto do boi, está na dependência de uma retração de oferta. (FTR)
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