Análise do
Meat and Livestock Austrália (MLA) aponta que, após o forte aumento registrado ao longo do último ano, as cotações do boi gordo (em dólares) na América do Sul passaram a trabalhar em baixa no segundo semestre de 2008.
Ainda de acordo com o MLA, o boi em São Paulo, por exemplo, já caiu 16%, após uma valorização de 42% no decorrer do primeiro semestre. Esse movimento é resultado da resistência dos consumidores a novos aumentos de preços da carne, da entrada do gado confinado no mercado (aumento de oferta) e da valorização do real.
No entanto, sabe-se que o confinamento deve ter aumentado menos que o previsto e que o real agora está em desvalorização, o que pode beneficiar os exportadores e permitir que as cotações domésticas voltem a subir.
O MLA aponta que desde o ano passado, em função do aumento dos preços em dólares, a carne do Brasil vinha perdendo competitividade no mercado internacional, se “nivelando” à carne australiana. Agora, com a desvalorização do real, a competitividade do produto brasileiro volta a aumentar.
No Uruguai, por sua vez, as cotações do boi gordo já reagiram 60% em 2008, graças ao aumento do volume exportado e dos preços internacionais. No entanto foi registrado um recuo de 10% ao longo das últimas 5 semanas, em função de uma menor demanda por carne por parte da Rússia e da União Européia, e da resistência dos processadores em pagar mais pelo boi.
Na Argentina as cotações estão estáveis, mediante as restrições impostas pelo governo local às exportações. (FTR)
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