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No atacado sem osso, cortes de traseiro puxam valorização


Sexta-feira, 4 de setembro de 2015 - 05h58

A carne bovina sem osso no atacado segue com trajetória de alta acima da inflação.


Os preços dos cortes de traseiro, produtos que sofrem maior interferência do cenário macroeconômico para o escoamento, descreveram no último mês trajetória que não condiz com a situação de consumo do brasileiro.


Esse produto acumulou, em média, alta de 6,0% em trinta dias. O dianteiro, no mesmo período, teve valorização de 1,5%.


Esse movimento vai contra o que tem acontecido desde o começo de 2015. Entre janeiro e agosto, o traseiro acumula alta de 6,0% e, o dianteiro, de 23,0%. A mudança no comportamento dos últimos dias, embora tenha a diminuição do abate e, consequente, menor oferta de carne, como uma das possíveis causas, contrasta com a piora da situação econômica.


O desemprego no segundo trimestre chegou a 8,3%, a maior taxa desde 2012 e o IPCA-15 de agosto foi o maior desde 2004.


Ou seja, mesmo com menos carne, quando se analisa a situação da economia, a possibilidade maior de alta, ao que parece, é para os cortes de dianteiro.


Com as fortes altas do último mês, a margem das indústrias que fazem a desossa superou numericamente o resultado de 2014. Atualmente, a diferença entre a receita e o custo da matéria prima está em 22,8%, quase um ponto percentual acima do resultado de um ano atrás.


Em 2014, setembro foi o último mês de margens sustentadas. A partir daí o resultado caiu forte até novembro, quando atingiu 11,0%. Considerando que a situação do consumo atual é pior, pode ser que esse cenário se repita, mesmo com a readequação da capacidade das indústrias.



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