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Efeito da greve nos defensivos


Quarta-feira, 11 de junho de 2008 - 09h48

Aproximadamente 80% das empresas do setor de defensivos agrícolas foram afetadas com a greve dos auditores fiscais finalizada em maio, conforme estudo elaborado pelo Departamento de Comércio Exterior do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag). A greve dos auditores fiscais da Secretaria da Receita Federal iniciou em 18 de março de 2008 e se encerrou no último dia 9 de maio, totalizando 52 dias, sendo 36 desses úteis. Os auditores protestavam em relação ao aumento dos salários. "Isso fez com que as empresas reportassem um prejuízo financeiro de R$2,5 milhões no período", afirma Silvia de Toledo Fagnani Ligabó, executiva do Departamento de Comércio Exterior do Sindag. De acordo com a profissional, esse número não foi pior apenas porque o Sindicato e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) conseguiram na Justiça um Mandado de Segurança no qual liberava os produtos retidos na alfândega. Em período normal, a carga leva de 5 a 15 dias para ser liberada. Já com a greve, a liberação variou de 20 a 50 dias, atingindo o pico de até 57 dias. "Sem o mandado de segurança, nós calculamos proporcionalmente que as empresas registrariam perdas de R$4,5 milhões no período de greve", destaca a executiva do comércio exterior. Conforme o estudo, 45,03% das empresas utilizaram o mandado do Sindag, 26,49% não utilizaram nenhum, 14,43% usaram o mandado do Sindag e o próprio, enquanto 14,05% se beneficiaram do mandado do Ciesp. A Receita Federal trabalha com 30% de efetivo, ou seja, são liberados os produtos com maior urgência, como os essenciais e perecíveis. No entanto, isso não atinge o setor de defensivos agrícolas. "O que acontece é que, apesar de nosso produto não ser perecível, ele tem a data certa para ser aplicado na lavoura. Neste caso, se o período for ultrapassado, atrasa todo o plantio e alguns produtos não podem mais ser utilizados", ressalta Silvia de Toledo. De acordo com a executiva, o setor trabalha com estoque muito baixo, devido ao período de aplicação. Além disso, 80% dos produtos são importados prontos ou utilizam matéria-prima importada, tornando a área dependente do bom funcionamento de portos e aeroportos. Fonte: Gazeta Mercantil. 11 de junho de 2008.
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