Terceiro dia de alta consecutiva no mercado futuro do boi gordo

O mercado do boi gordo segue firme, em semana de poucos negócios. A pressão baixista da indústria persiste, dificultando ainda mais o preenchimento das escalas de abate, programadas para cerca de 2 ou 3 dias apenas. Após o anúncio do embargo da União Européia às exportações de carne bovina in natura do Brasil, os ânimos se enfraqueceram. O mercado futuro do boi gordo (que serve de termômetro das expectativas de seus participantes) apresentou queda expressiva, de R$5,35/@ para o contrato de fevereiro-08, entre 28 e 31 de janeiro. Entretanto, a oferta de gado está escassa. A indústria é obrigada a pular dias de abate, em alguns casos, e trabalha com capacidade ociosa elevada (30% a 50%). O momento é de safra, mas com cara de entressafra. Com isso, o mercado futuro apresentou 3 dias consecutivos de alta. Entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro (último fechamento), o contrato de fevereiro-08 acumula alta de R$4,46/@. Para outubro-08, a recuperação foi de R$4,01/@. Ao retomar os patamares praticados antes do anúncio do embargo, o mercado indica que o excedente de carne bovina que seria exportado para a UE deve ser absorvido pelo mercado interno ou destinado a outros mercados, sem prejuízos significativos para a pecuária. Existe ainda a possibilidade de esse embargo durar 1 ou 2 meses. Também existe a possibilidade de o consumidor europeu criticar o embargo por causa do aumento dos preços da carne no bloco. (LMA)
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