Roteiro viagem Nelson Pineda - Nutron Beef Training - EUA 2012

Detalhes e curiosidades do terceiro dia de visita (24/10)

Saímos bem cedo de Fort Collins para visitar o frigorífico da Cargill em Fort Morgan.

A planta foi adquirida pela Cargill em 1987 possuindo uma capacidade de abate de 5 mil animais/dia. Em média buscam animais em um raio de 350km. O abastecimento da planta é feita por compradores próprios.

A visita começou pela linha de desossa e terminou na linha de abate para evitar contaminação da carne. Outro ponto interessante no que se refere ao controle sanitário é a logística de entrada no frigorífico, os funcionários estacionam seus carros em diferentes estacionamentos de acordo com a área da produção, dessa forma entrando por passarelas distintas.

A rotina envolve 2 turnos de matança, trabalhando de segunda a sexta-feira normalmente, sendo que a limpeza e a manutenção das linhas são realizadas em um terceiro turno. O quadro de funcionários conta com 2.100 trabalhadores.

O produto final é a carne já embalada. Esse frigorífico exporta entre 10% e 15% da produção.

Nessa visita foi nos informado que a Dra. Temple Grandin trabalha a mais de 20 anos prestando serviços para a Cargill, foi responsável pelo desenho dos currais de espera, assim como a logística da linha de abate. Nesse sistema os animais esperam no máximo 2 horas para serem abatidos, havendo ganhos de rendimento na carcaça além da redução do número de funcionários para manejo do gado. Os animais entram calmamente e sozinhos, minimizando ao máximo o estresse nessa condução até a linha de abate.

A eficiência da planta é algo realmente impressionante.

Almoçamos em um restaurante próximo ao frigorífico e de lá seguimos para um confinamento em Eckley - Colorado.

Esse confinamento possui capacidade estática de 55 mil animais. No ano passado foram confinados 122 mil bovinos que ao saírem do ciclo apresentam um peso médio em torno de 700kg. Dos animais confinados 70% são machos e 30% são fêmeas.

Os animais que entram mais pesados permanecem 100 dias no cocho e os mais leves, que normalmente entram mais jovens, ficam entre 170 e 200 dias. Após 60 dias os animais são pesados novamente, avaliados com ultrassom e divididos em 3 grupos de peso.

A quantidade de alimento disponibilizada está entre 11 e 12kg/animal/dia. O trato é passado 2 vezes ao dia, sendo que a primeira passada é às 6 horas da manhã e a segunda entre 17 e 18 horas. A leitura do cocho é realizada 4 vezes ao dia e os cochos devem estar "limpos" até a meia noite.

A dieta básica é composta por feno de alfafa, milho floculado, grãos úmidos e pellets. Com essa formulação os animais demonstram uma conversão alimentar entre 6,5 e 7,5 e cobertura de gordura de 12mm. Todos os ingredientes são analisados ao chegarem ao confinamento.

Acompanhe conosco essa viagem através do Diário de Bordo Scot Consultoria no Nutron Beef Training

http://www.scotconsultoria.com.br/diariodebordo/ 

Amanhã apresentaremos aqui as curiosidades das visitas de hoje!

Até mais e não deixe de acompanhar os vídeos e as fotos dessa incrível jornada!