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Scot Consultoria

Irlanda formaliza pedido na UE contra carne do Brasil


Sexta-feira, 22 de junho de 2007 - 09h32

A pecuária brasileira é constantemente bombardeada por países da União Européia (UE), com intuito protecionista. Agora, segundo conta o ex-ministro Marcus Pratini de Moraes, é a vez da Irlanda que, silenciosamente, formalizou ação contra a importação de carne brasileira pela UE. Alega não-cumprimento de regras sanitárias, ação parecida à do Canadá, há alguns anos, quando da epidemia da vaca louca, que nem sequer chegou ao Brasil. A acusação é totalmente falsa e temos que reagir de maneira incisiva: não dá para ficar assistindo a este tipo de coisa, vendo os europeus defenderem seus mercados, gastando fortunas em subsídios internos e, ainda por cima, saírem com ações disfarçadas de protecionismo contra a carne brasileira, desabafou ontem Pratini, dirigente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne. A Irlanda, atendendo ao pedido de seus pecuaristas, segundo o executivo, está em campanha para desmoralizar a carne brasileira. “Eles estão tentando comparar a pecuária extensiva no Brasil com a criação confinada que existe por lá. O pecuarista brasileiro não é rico como o europeu que pode gastar com extras. Aqui só usamos pastagem - algo como 220 milhões de hectares - para criação de gado e complementação alimentar de origem vegetal. Todo mundo sabe disto”, alerta Pratini, temendo que esta ação irlandesa possa se multiplicar pela UE. “Temos que cortar o mal pela raiz e rebater acusações que não têm a menor consistência.” “Mas por que toda esta movimentação na Europa, que importa somente 5% da carne que consome? Histeria do protecionismo sanitário, que não quer nenhum tipo de competição por lá. Não podemos aceitar sequer que se levante a questão. Aliás, acredito que a União Européia não vai aceitar esta acusação se tiver um mínimo de bom senso”, prevê Pratini, lembrando que a carne européia paga 35% de imposto para entrar no Brasil e a nossa, para entrar em território da UE, chega a pagar 176%. “O que é preciso é rever essa assimetria.” Fonte: O Estado de São Paulo. 22 de junho de 2007.
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