Os fiscais federais agropecuários decidiram pela paralisação ininterrupta de suas atividades, por tempo indeterminado, a partir de sábado, dia 23. A categoria, que entrou em greve na segunda-feira, inicialmente informou que o movimento seria por cinco dias e se as reivindicações não fossem atendidas, seriam marcadas novas paralisações de forma intercalada.
Mas a reunião na terça, entre a comissão nacional de negociação e o secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Douvanier Ferreira, terminou em impasse, e os fiscais decidiram continuar a greve sem interrupções. "Não houve aceno para atender às nossas reivindicações", disse Wilson Roberto de Sá, vice-presidente da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa). Segundo ele, a sugestão do governo foi retomar o grupo de trabalho para discutir as reivindicações da categoria. A reunião terminou com a promessa do governo de fazer uma avaliação interna da questão.
Os fiscais reivindicam o cumprimento de compromisso assinado com o governo federal em dezembro de 2005, depois de uma greve da categoria. A principal reivindicação é a reestruturação da carreira de fiscal federal agropecuário.
A greve já provoca transtornos. No Porto do Rio Grande, US$10,4 milhões deixaram de ser embarcados na terça-feira, segundo a Anffa. "Queremos uma solução rápida para a greve", disse Sá.
Fonte:
Valor Econômico. Agronegócios. Por Alda do Amaral Rocha. 21 de junho de 2007.
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