O exército boliviano notificou famílias brasileiras, que têm terras na faixa de 50 km da fronteira, para que deixem o país. A Constituição da Bolívia proíbe que estrangeiros tenham propriedades dentro dessa faixa. No Brasil, a faixa de fronteira considerada fundamental para a defesa territorial é de 150 km, mas tanto aqui, quanto na Bolívia, ninguém obedece. Ou pelo menos não obedecia.
A decisão do governo boliviano irá afetar principalmente os brasileiros que têm propriedades na Província de Pando, na fronteira com o Estado do Acre, e se dedicam à pecuária e à coleta de castanha e seringa.
Por hora, os governos brasileiro e boliviano negociam uma maneira de amenizar a situação. Os representantes do Brasil estão preocupados em encontrar uma saída para os produtores nacionais e assegura que, enquanto as conversas estiverem em curso, eles não precisarão deixar as terras.
Convido o leitor a dar uma “sapiada” na coluna de Marcos Jank
clique aqui para ver o quanto foi importante para o agronegócio e para a economia boliviana o aumento dos investimentos estrangeiros em produção agropecuária.
O senhor Evo Morales, presidente da Bolívia, parece ter alguma coisa contra o Brasil. Primeiro, bate em cima da Petrobrás. Agora, o alvo são os agricultores brasileiros. Além da chance das ações se converterem num tiro do pé - uma vez que a exploração de petróleo e a agricultura formam os motores da economia boliviana, sendo que os empresários locais não têm capacidade de investimentos - Morales já ultrapassou as raias do respeito.
Está na hora de alguém baixar a bola dele. (FTR)
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>
