O volume exportado de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada finalizou o mês de julho/21 com 166,2 mil toneladas. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) reportou que a média diária atingiu 7,5 mil toneladas neste mês, isso representa uma alta de 2,70% frente a média do total exportado no mesmo período do ano passado, que ficou em 7,3 mil toneladas.
No comparativo mensal, o volume embarcado em julho teve um avanço de 18,46% frente ao que foi exportado em junho deste ano, que embarcou 140,3 mil toneladas. Já no comparativo anual, o total embarcado neste mês teve uma queda de 1,77% frente ao total exportado no mês de julho do ano passado, que exportou 169,2 mil toneladas.
De acordo com o analista de mercado da Scot Consultoria, Rodrigo Queiroz, os embarques de carne bovina tiveram um saldo positivo devido à demanda internacional bem aquecida, principalmente para a China. “Falta produto no mercado internacional e o Brasil se consolidou como principal país para o abastecimento de carne bovina, o que impulsionou também foi os Estados Unidos, entrando na lista dos principais importadores da nossa carne bovina”, informou.
Outro fator que contribuiu para o aumento dos embarques de carne bovina neste mês foi a ausência da Argentina das exportações, isso ajudou o produto brasileiro a ser mais procurado pela China.
Os preços médios no acumulado de julho ficaram próximos de US$ 5.427,7 mil por tonelada, na qual teve uma alta de 32,98% frente aos dados divulgados em julho de 2020, que registraram o valor médio de US$ 4.298,5 mil por tonelada.
O levantamento da Radar Investimentos apontou que o preço médio em dólares por tonelada e reais por tonelada ficou em 33,00% e 30,00% acima, respectivamente, na comparação ano contra ano.
Exportações de carne bovina in natura do Brasil em jun/21.
Fonte: MDIC/ Radar Investimentos
O valor negociado para o produto foi de US$ 902,596 milhões no acumulado do mês de julho deste ano, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de julho do ano anterior foi de US$ 690,895 milhões. A média diária ficou em US$ 41,027 milhões e registrou uma valorização de 36,58%, frente ao observado no mês de julho do ano passado, que ficou em US$ 30,038 milhões.
Segundo o analista da Agrifatto consultoria, Yago Travagini, o faturamento registrou um bom desempenho e as indústrias tiveram que aumentar o preço da carne exportada, até mesmo para sustentar o boi gordo de R$ 320,00/@. “É um processo natural de valorização de preço. A queda no dólar impacta sim, mas a subida vem acontecendo há mais de 1 ano”, informou.
Matéria originalmente publicada em: Volume exportado de carne bovina encerra julho/21 com 166,2 mil toneladas
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