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Scot Consultoria

Rastreabilidade e sustentabilidade


Terça-feira, 1 de dezembro de 2020 - 13h00

Foto: Globo Rural


Introdução

A rastreabilidade tornou-se obrigatória na Europa a partir de 1990, com o advento da vaca louca, febre aftosa e contaminação de alimentos pelas dioxinas, colocando em destaque a absoluta necessidade de métodos seguros para acompanhar não só a vida produtiva dos animais, mas também o transporte, estocagem e comercialização dos produtos de origem animal.


A rastreabilidade e a certificação de origem foram regulamentadas no Brasil por meio do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina, o SISBOV, e por instruções normativas complementares, tais como a Instrução Normativa Ministerial no.17, de 13 de julho de 2006, e Instrução Normativa no. 51, de 1 de outubro de 2018¹, que corresponde ao detalhamento da rastreabilidade e suas aplicabilidades.


A sustentabilidade pecuária engloba um conjunto de manejos, com uso de técnicas que mitiguem danos naturais.  


Relacionado com a sustentabilidade

A adoção da rastreabilidade na produção é uma garantia de que a propriedade obedece às normas e regulamentação para o produto ser exportado. Com o uso de tecnologia é possível monitorar a vida do animal, do nascimento ao abate, e posterior distribuição de seus produtos e derivados.


Com isso, fazendeiros, já pensando em manejos sustentáveis, adotaram ferramentas com  objetivo de mitigar problemas ambientais, como TIP - Terminação intensiva a pasto e  ILPF (Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta), conceitos já abordados pela Scot Consultoria.    


No entanto, algumas empresas privadas, com a perspectiva de garantir ao consumidor um produto de procedência legalizada de conservação do bioma, desenvolveram programas que visam utilizar dados de originação do animal com outras questões sustentáveis para beneficiamento do setor pecuário.


Aplicação de tecnologias

A rastreabilidade vem sendo associada à tecnologias e programas que priorizam boas práticas agroecológicas para identificar, monitorar e analisar os dados de originação e entrega da matéria-prima ao consumidor final.

Nos últimos meses, a discussão acerca da rastreabilidade consorciada à GTA em programas de grandes indústrias tem sido crescente, provocando pressão por parte dos mercados compradores e de questões ambientais acerca, principalmente, do bioma Amazônico.


Independente do programa em questão, os objetivos têm sido aliar a rastreabilidade com a produção pecuária sustentável, mitigando problemas relacionados ao desmatamento e favorecendo a preservação de áreas permanentes, aliando, claro, à produtividade da cadeia pecuária brasileira.


Conclusão

A bovinocultura de corte tem investido mais em tecnologias sustentáveis que visam desenvolver alternativas tangíveis e quantificáveis, como a geração de dados de emissão de carbono dentro do sistema produtivo, serviços agroambientais, como o menor uso da água, bem-estar animal e maior produtividade.


Bibliografia consultada

AKABANE, G. K.; LOPES, C. P.; SILVA, F. P. O sistema de rastreabilidade para a sustentabilidade no agronegócio brasileiro. Revista da Micro e Pequena Empresa, v. 4, n. 2, p. 80-95, 2010.


BRASIL¹. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Instrução Normativa nº 51, de 01 de outubro de 2018. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/guest/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/44306336/do1-2018-10-08-instrucao-normativa-n-51-de-1-de-outubro-de-2018-44306204



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