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Scot Consultoria

Num ano de recordes, começa a 18ª Agrishow


Quarta-feira, 4 de maio de 2011 - 15h52

Safra histórica e preços em alta das principais commodities agrícolas elevam expectativa de bons negócios A 18.ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, ou Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), foi inaugurada na segunda-feira, dia 2, com grande expectativa em relação ao desempenho dos negócios. Se seguir a tendência das feiras já realizadas este ano, como Show Rural Coopavel, ExpoDireto Cotrijal, Tecnoshow Comigo e Expolondrina, a Agrishow pode bater recorde. Sem exagero. Ou com exagero, já que a safra de verão que acabou de ser colhida é, por si, superlativa. São 157,4 milhões de toneladas, um recorde, sendo que a principal commodity agrícola brasileira, a soja, nunca teve colheita semelhante no País, com 72,2 milhões de toneladas. O algodão, com preços remuneradores, dada a intensa demanda externa, fez com que a área plantada crescesse espantosos 62,9%. Os preços do milho saltaram da média de R$20 a saca em janeiro de 2010 para R$32 em fevereiro deste ano, ou 50% mais. Isso sem falar na produtividade. No Rally da Safra, da Agroconsult, há registros de colheita de 90 sacas de soja/ hectare. Para o milho, 250 sacas/ hectare, impensáveis há dez anos, quando a média da soja era 42 sacas/hectare e do milho 48 sacas/hectare. Adicione-se a isso um cenário de custos de produção até 25% mais baixos e está claro o lucro com o atual ciclo. “Desde a safra passada algumas commodities já vinham se recuperando”, diz o analista de Mercado da Agroconsult, André Debastiani. “Isso permitiu que o agricultor quitasse dívidas e se liberasse para investir.” Racionalidade. Só que a empolgação com o tempo de bonança - que deve durar até o fim de 2012, acreditam especialistas - deve dar lugar à racionalidade na Agrishow. “Agora é hora de investir, mas no que realmente é necessário”, diz o diretor-técnico da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz. “O agricultor deve se perguntar: o quanto uma nova máquina vai me trazer de ganho de produtividade? Se a resposta for nada ou talvez, não invista.” Para o diretor-presidente da Scot Consultoria, Alcides Torres Jr., o produtor deve reaplicar o lucro no próprio negócio, “em tecnologias que resultem em ganho de produtividade”. Cada vez mais, aliás, o agricultor precisará lançar mão da tecnologia para colher mais, já que o desbravamento de novas áreas - hoje restritas a Maranhão, Piauí e Tocantins - é ponto fora de questão para a maioria dos produtores, dado o vultoso custo envolvido nisso. Basta fazer as contas e por o lado racional para funcionar, diz Ferraz. “O produtor sabe que se quiser continuar no mercado terá de melhorar a produtividade”, explica. “E isso obrigatoriamente passa pelo investimento em tecnologia.” O problema é que, embora o momento seja favorável, o produtor tem tendência a gastar além do necessário, diz. “Se ele precisar trocar de máquina, troque, mas a decisão deve ser técnica, e não baseada no emocional, que é muito requisitado numa feira como a Agrishow.” Quitação de débitos A superintendente técnica da CNA, Rosemeire Santos, recomenda ao produtor que tem contrato renegociado quitá-lo e só então, se necessário, financiar a compra de uma máquina nova, “pois os juros da renegociação, feita há alguns anos, são bem maiores do que os atuais.” Fonte: O Estado de São Paulo. Economia. Por Tânia Rabello. 4 de maio de 2010.
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