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  • Terça-feira, 8 de julho de 2025
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Scot Consultoria

Frigoríficos brasileiros se expandem no Mercosul

Frigoríficos brasileiros se expandem no Mercosul


Os principais países criadores de gado no Mercosul estão sendo dominados por indústrias brasileiras. Elas já são as maiores na Argentina e no Uruguai e agora avançam sobre o Paraguai. Ontem, o Minerva anunciou a aquisição de 70% do capital social da Friasa, por US$4 milhões. A indústria é arrendatária de uma unidade no país vizinho, com capacidade de abate de 700 animais por dia. A transação prevê que a Friasa arrendará a planta frigorífica por um prazo de cinco anos renováveis por igual período. A empresa está de olho, entre outras coisas, na oportunidade de exportar para a União Européia, uma vez que as remessas do Brasil estão quase paralisadas. O Minerva é a terceira empresa do Brasil a investir lá: o Bertin está desde o ano passado com uma planta para 600 abates diários, enquanto o Independência começa a operar em setembro a unidade que abate 700 bovinos por dia. “Talvez o Paraguai possa ser “a bola da vez” se tiver plantas disponíveis, já que, o que tinha de comprar no Uruguai e Argentina, o Brasil já comprou”, afirma o analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari. Na Argentina estão o Marfrig - que tem a maior planta do país, da Quickfood - e o JBS, o primeiro a iniciar o processo de internacionalização do setor, em 2005, com a aquisição da Swift. É neste país que existe o maior domínio brasileiro: são 11 plantas. No Uruguai as empresas brasileiras têm cinco plantas. No Chile o Marfrig também opera, mas com cordeiros e não com bovinos. Segundo analistas de mercado, as indústrias brasileiras estão de olho na oferta de animais, em um hedge sanitário e também em mercados que o Brasil não atende. Alguns dos países do Mercosul têm, por exemplo, uma Cota Hilton - prêmio oferecido pela União Européia, que permite a entrada de 58.100 toneladas de cortes bovinos nobres com uma tarifa de 20% ad valorem - superior à nacional. A Argentina tem uma cota de 28 mil toneladas, enquanto a do Uruguai é de 6,3 mil toneladas e a do Brasil, 5 mil toneladas. Ronald Aitken, superintendente de Relações com Investidores do Minerva, diz que a escolha pelo Paraguai se deve à estabilidade política, ao potencial de melhoria do status sanitário, além da diversificação geográfica. “O país teve sinal verde da União Européia para a compra de carne bovina. Além disso, é um exportador para o Chile, que o Brasil está olhando, e fornecedor de clientes importantes como a Rússia e o Oriente Médio”. Segundo ele, as plantas brasileiras podem se focar mais no mercado interno, que está crescendo bastante, e o Paraguai ser base de exportação. Ele acrescenta que, neste sentido, o país vizinho está mais competitivo, pois o gado é mais barato. “Os frigoríficos estão se globalizando, difundindo tecnologia e transformando a América Latina em uma grande plataforma de exportação de carnes”, afirma o economista Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores. George Haddad, sócio-diretor da DBO Trevisan, diz que a representatividade das empresas brasileiras na América Latina é grande. “No Uruguai o Marfrig é o maior exportador de carne. Na Argentina, a Swfit e a Quickfood são grandes. Hoje, onde tem histórico de criação de gado, o Brasil está muito bem representado”, afirma. Segundo ele há motivos comerciais, como o mercado americano para carne in natura, e a Cota Hilton, para esta procura pelo Mercosul. Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria, diz que o Minerva está seguindo o movimento de se internalizar, fazendo hedge econômico ou sanitário. Na sua avaliação, o Paraguai tem clima propício para a pecuária, e potencial grande para crescer em tecnologia. “É uma estratégia interessante. Mas tem problemas, como controle sanitário não rigoroso e não ter saída para o mar”, argumenta. O diretor da AgraFNP, José Vicente Ferraz, também vê alguns problemas no investimento no Paraguai. Segundo ele, o país, assim como a Bolívia, tem uma instabilidade sanitária. Rosa lembra também que, atualmente, o Uruguai não tem mais espaço para crescer e na Argentina há um “boicote” do governo.” O Paraguai é um dos poucos que sobrou”. Molinari acrescenta que o Paraguai não tem perfil exportador muito grande, mas tem grandes chances de ampliar o volume de exportações em função do tipo de rebanho. De acordo com o Minerva, o Paraguai é o 8º maior exportador de carne bovina do mundo, com um rebanho de 11 milhões de cabeças, e potencial de aprimoramento de produtividade, pois a taxa de desfrute é de 14%. Fonte: Gazeta Mercantil. Agronegócio. Por Neila Baldi. 8 de agosto de 2008. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
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