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  • Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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Scot Consultoria

Atrás de boi, Bertin compra um frigorífico em Rondônia

Atrás de boi, Bertin compra um frigorífico em Rondônia


Em tempos de boi caro, frigoríficos brasileiros de carne bovina reforçam a estratégia de ir onde está a matéria-prima. Depois do Independência, que anunciou na quarta-feira o arrendamento com opção de compra de unidade de abate de bovinos em Colíder (MT), a Bertin S/A confirmou na quinta-feira que assinou carta de intenção para a aquisição do frigorífico da Cooperocarne (Cooperativa Rondoniense de Carne Ltda.), em Pimenta Bueno (RO). A empresa informou ao Valor que o fechamento do negócio - no valor de R$55 milhões - está condicionado à aprovação pelos cooperados da Cooperocarne e à realização de “due diligence”. A unidade tem capacidade de abate de 600 animais por dia, segundo a Bertin. Conforme apurou o Valor, a planta, construída por um grupo de pecuaristas do Estado, começou a operar há cerca de um ano. Eles teriam investido cerca de R$30 milhões na construção, segundo fontes do setor. A Bertin destaca que a localização da unidade é “estratégica”, já que Rondônia tem um rebanho de aproximadamente 11 milhões de bovinos e status de área livre de febre aftosa com vacinação. A fábrica de Pimenta Bueno é habilitada para exportar carne bovina para países da chamada lista geral, que inclui os do Oriente Médio, por exemplo. A empresa ainda não tinha unidade em Rondônia - as 12 plantas de abate existentes hoje estão localizadas em São Paulo, Goiás, Bahia, Pará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, além de Paraguai e Uruguai. Com a nova planta, a capacidade de abate da Bertin no Brasil alcançará 13.200 cabeças por dia. Com as duas plantas no exterior, chegará a 15 mil cabeças diárias. A operação que está sendo realizada pela Bertin - assim como a do Independência - chama a atenção porque ocorre num momento em que o setor trabalha com capacidade ociosa, em decorrência da escassez de animais para abate. A oferta escasseou por causa do ajuste na pecuária de corte, e o resultado foi a elevação dos preços do gado bovino em todo o país. Mas nas regiões com maior oferta de animais os preços são menores que naquelas onde a pecuária deu lugar a outras culturas, como São Paulo. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a arroba do boi gordo no mercado paulista estava em R$92,00, na quinta-feira. Já em Rondônia, a arroba estava cotada em R$82,00. Apesar de os frigoríficos literalmente correrem atrás do boi no Brasil, analistas observam que nem sempre estar numa região onde o animal é mais barato significa ganho de eficiência, já que há os custos com frete para levar o produto final até as regiões de consumo e aos portos para exportação. Fazer aquisições, como a Bertin e o Independência, num momento em que há capacidade ociosa de abate de bovinos no mercado também é uma forma de ganhar faturamento e assim se tornar mais atraente para os investidores numa futura abertura de capital, disse um observador do setor. Tanto Bertin quanto o Independência já disseram que se preparam para colocar ações no mercado. Em nota, a Bertin disse que “a compra do frigorífico está alinhada com a estratégia de crescimento sustentável da empresa no segmento de alimentos a partir de proteína animal”. Fonte: Valor Econômico. Agronegócios. Por Alda do Amaral Rocha. 8 de agosto de 2008. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
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