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Scot Consultoria

Milho caro leva criadores dos EUA a manterem boi no pasto


Segunda-feira, 28 de julho de 2008 - 13h20

A disparada dos preços do milho para níveis recordes levou os administradores das fazendas de engorda de gado dos Estados Unidos a reduzir suas compras de novilhos em 8,7% em junho, comparativamente ao mesmo mês do ano passado. Foram negociadas 1,513 milhão de cabeças, comparativamente ao 1,657 milhão em junho de 2007, 13% menos que a média dos últimos cinco anos, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em relatório divulgado na sexta-feira. Alguns analistas prevêem queda de 7,6%, no total negociado. Este foi o quarto mês consecutivo de retração das atividades do setor. ”As fazendas de engorda (de confinamento, como são chamadas no Brasil) vêm registrando prejuízos” devido à alta do milho e aos preços dos combustíveis, disse Ron Plain, da Universidade de Missouri em Columbia. As fazendas “não querem mais que os animais comam milho, vendido a peso de ouro e, por isso, são mantidos nas pastagens por mais tempo”. As cotações do boi gordo no mercado à vista dispararam 19% nos últimos 12 meses, alcançando sua maior alta dos últimos cinco anos no início de julho. Paralelamente, os preços da carne bovina subiram 15% no varejo, num momento em que as fazendas de engorda diminuem seus rebanhos, reduzindo a oferta do produto para os frigoríficos norte-americanos. Os contratos futuros do boi gordo subiram 10% este ano, alcançando o recorde de US$1,09575 a libra peso em 11 de julho. O preço do milho, o principal componente da ração animal, aumentou 82% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando US$7,9925 o bushel a 27 de junho, sua maior cotação histórica. Alta no Brasil Depois de algumas semanas de baixa, em função de dificuldades de escoamento, a cotação da carne bovina no atacado voltou subir, informa a Scot Consultoria. A alta se deve à queda da oferta de animais terminados. Frigoríficos que há duas semanas conseguiam formar escalas de até 7 dias, voltaram a trabalhar com programações de abate de apenas 3 ou 4 dias. “Com menos bois, tem menos carne, o que ajuda no enxugamento dos estoques”. Fonte: Gazeta Mercantil e Bloomberg News. Agronegócio. 28 de julho de 2008.
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