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  • Segunda-feira, 28 de julho de 2025
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Com oferta de boi em baixa, frigorífico já vê margem recuar

Com oferta de boi em baixa, frigorífico já vê margem recuar


Após três anos de crise no setor pecuário, com preços baixos e abate de matrizes, agora é a vez dos frigoríficos de trabalhar com as margens apertadas. Tudo isso porque houve uma drástica redução dos plantéis e a oferta tende a se manter escassa nos próximos dois anos. Entretanto, o mercado se mantém aquecido por conta das exportações e da melhora da renda do brasileiro, que aumentou o consumo de carne. De olho no mercado, frigoríficos investem em rebanhos próprios para manter os abates durante o período de entressafra, época que a oferta fica ainda mais reduzida e muitas empresas chegam a conceder férias coletivas. Pecuaristas como Laucídeo Coelho, que é presidente da Associação dos Criadores do Mato Grosso do Sul (Acrisul), reduziram as matrizes nos últimos três anos e só pretendem começar a recompor seus rebanhos em 2009. "Em três anos, reduzi em 30% o número de matrizes e vou continuar abatendo, mas de forma menos acentuada este ano", avisa Coelho. Segundo o pecuarista, somente em cinco anos o seu plantel deve ser recomposto. "Os preços pagos pelo gado de corte no Mato Grosso do Sul ainda estão abaixo do ideal, por isso os produtores vão manter a oferta reduzida e refazer seus plantéis de forma lenta", afirma o empresário, que conta, em sua fazenda, cerca de 12 mil animais. No Estado de São Paulo, o preço pago pelo boi gordo está em torno de R$75 a arroba. Já nos estados do Centro-Oeste e do Norte do País, o preço médio gira em torno de R$70 a arroba. Frigoríficos No período de crise para os produtores, os frigoríficos aproveitaram os preços baixos e a demanda aquecida para se capitalizar e investiram para expandir seus negócios. Com isso, existe nesse momento uma grande ociosidade no setor. "Houve um descompasso entre a produção e a indústria, mas no médio e longo prazo o setor voltará a se estabilizar", explica o consultor Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria. De acordo com o consultor, as empresas abriram capital e obtiveram crédito no exterior e, com isso, construíram e ampliaram suas plantas de abate no País. "Se não ocorrer uma crise sanitária grave, no próximo ano, a oferta começará a se estabilizar, mas somente em 2010 deve haver um aumento mais significativo do rebanho bovino." A forma encontrada pelos frigoríficos de amenizar os períodos de baixa oferta são os rebanhos próprios. Segundo Rosa, os plantéis próprios respondem em média por 5% dos abates dos grandes frigoríficos, pois é preciso muito investimento para verticalizar a produção. O consultor informou que empresas como o Bertin, grupo que tem o maior número de animais confinados, têm gado suficiente para atender menos de 10 dias de demanda, pois abate por dia 10 mil animais. Minerva O Minerva, um dos maiores frigoríficos do País, está atento à baixa oferta de gado e aos riscos de embargo por parte dos países importadores de carne bovina. Para tanto, está investindo na diversificação dos estados onde constrói suas novas plantas e em gado próprio e na forma de parceria. Hoje, a empresa conta com 70 mil cabeças de gado próprio e 20 mil em sistema de parceria. "A estratégia é para garantir o fornecimento nos momentos mais críticos. Não seremos concorrentes dos produtores", afirma Edivar Vilela, presidente do Minerva. Na última entressafra, o grupo foi obrigado a reduzir os dias de abate pela falta de animais, e trabalha hoje com 80% da capacidade dos frigoríficos. Na área de expansão, o grupo, que abriu capital em julho de 2007, está ampliando e construindo novas unidades em diferentes estados brasileiros. No segundo semestre deste ano, entram em operação duas plantas, uma em Goiás e uma em Rondônia. Atualmente, o Minerva possui cinco unidades industriais operacionais e uma unidade de processamento, nos Estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Tocantins. Além disso, possui uma unidade em fase de construção no Pará. "A diversificação dos estados foi a maneira encontrada pelo grupo para diluir o risco sanitário", afirma. Fonte: Jornal DCI. Por Luciana Villar. 18 de janeiro de 2008. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
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