Primeira edição do encontro “No Rastro da Pecuária” reuniu pecuaristas, empresas parceiras e analistas em Goiânia para uma manhã de palestras, churrasco e troca de experiências.
Foto: Bela Magrela
A Scot Consultoria deu início, no sábado (26/7), ao “No Rastro da Pecuária”, uma série de encontros presenciais voltados para produtores e parceiros técnicos das principais regiões de pecuária intensiva do país. O objetivo é levar informação estratégica, promover a troca de experiências e fortalecer relações entre empresas parceiras e pecuaristas da região onde o evento acontece.
Em 2025, o projeto contará com quatro etapas: Goiânia-GO, Campo Grande-MS, Cascavel-PR e Ribeirão Preto-SP.
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A primeira edição, realizada em Goiânia, reuniu produtores, técnicos e empresas para uma manhã de conteúdo técnico e confraternização. O evento começou com um café da manhã de recepção e seguiu com blocos de palestras sobre mercado pecuário, gestão de riscos, coprodutos do etanol de milho, armazenamento de insumos e sanidade animal.
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Após as apresentações e um debate com os participantes, os convidados participaram de um almoço de confraternização, que também contou com sorteios e espaço para fortalecer relações comerciais e parcerias. Alcides Torres salientou que “esse momento gera um entrosamento com esses fazendeiros que sabem que a união faz a força”.
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A programação contou com uma apresentação do projeto Confina Brasil e seus patrocinadores, seguida de uma palestra de mercado da Scot Consultoria, com panorama e tendências para Goiás. O analista de mercado, Pedro Gonçalves, e o CEO, Alcides Torres, falaram sobre o mercado do boi gordo e sua volatilidade, apresentando dados focados no estado goiano, e um panorama geral de exportação, consumo interno, e oportunidades nas relações de troca com insumos como o milho, a soja e o farelo de algodão.
Destacando o cenário que a pecuária brasileira enfrenta, Gonçalves comentou sobre como as taxações norte-americanas atingiram o estado. “Goiás é o estado brasileiro que mais exporta carne para os Estados Unidos, porque ele tem um dos maiores frigoríficos brasileiros em questão de volume de abate, que fica localizado em Mozarlândia. E quando no início do ano a China vetou a compra de carne de alguns frigoríficos do Brasil, Mozarlândia transferiu a sua exportação da China para os EUA, por isso eles passaram a ser os maiores fornecedores de carne para lá a partir de abril/maio. Porém, com toda esta turbulência que gente viu, as unidades frigoríficas do estado começaram a tirar um pouco o pé dos abates, principalmente a rotulagem para os EUA, e começaram a olhar mercados distintos”. Segundo o analista, as exportações têm encontrado mercados do Oriente Médio (Egito), América do Sul (Argentina) e Central (México).
Ainda olhando para o cenário atual, Alcides Torres, comenta sobre a força do mercado interno. “A gente está vindo de um ataque à pecuária brasileira e o mercado interno é robusto, foi ele que permitiu o desenvolvimento da pecuária como ela é hoje. Apesar de toda esta tribulação que estamos passando o mercado interno é positivo. A pecuária deve ter bons resultados nesse final de 2025, 2026 e 2027, ou seja, a força do ciclo pecuário é maior do que esta bronca que estamos enfrentando com o tarifaço norte-americano”, disse.
O evento teve ainda a participação de José Arnaldo Favaretto, que abordou o mercado futuro e estratégias de proteção de preços. “Se a gente considerar que os custos de uma operação de confinamento, hoje está por volta de 5,0%, pode até ser menor, nós não podemos trabalhar com uma margem bruta menor do que esta, porque a margem bruta vai descontar o peso operacional, e existe um risco muito grande para prejuízo. A gente considera que abaixo de 5,0% é prejuízo, de 5,0% a 7,0% como margem ruim, de 7,0% a 12,0% uma margem neutra, agora acima de 12,0% é onde já podemos pensar em fazer alguma trava”, explicou.
Foto: Bela Magrela
A FS Bioenergia, coorganizadora, palestrou sobre dois temas: as tendências para o etanol de milho e impactos do setor, e a utilização de coprodutos do etanol de milho em confinamentos.
Foto: Bela Magrela
Na sequência, Pacifil falou sobre estratégias para armazenamento de insumos e a Ouro Fino
apresentou estudos sobre o impacto do estresse animal em Confinamentos e estratégias para reduzir desafios atrelados a essa condição.
Os pecuaristas Carlos Martins e Flavio Martins, da Martins 3 Agro, localizada em Uberlândia-MG, estiveram no evento e falaram sobre a experiência na primeira edição de “No Rastro da Pecuária”:
“Estamos um pouco longes da nossa cidade, mas é muito importante participar de um evento como esse para fazer networking, conhecer os novos produtos que estão disponíveis para aplicarmos na nossa operação e ainda ficar por dentro do cenário que estamos enfrentando. O Brasil é um país muito desafiador, a partir do momento que tudo muda em poucos segundos, quanto mais informação você tem, mais chances de acertar e garantir um bom resultado”, afirmou Carlos Martins.
“O momento que a pecuária está vivendo não é o primeiro e nem o último contratempo que vai existir, então a gente precisa profissionalizar cada vez mais a pecuária para a gente passar por momentos assim com proteções que o mercado oferece para nós, e é isso que os eventos da Scot Consultoria sempre trazem”, completou Flavio Martins.
Ainda está por vir:
08/8 – Campo Grande, Mato Grosso do Sul
22/8 – Cascavel, Paraná
23/9 – Ribeirão Preto, São Paulo
Quem esteve conosco na edição de Goiânia:
• COORGANIZAÇÃO
• FS
• PROTAGONISTAS
• Pacifil
• Ouro Fino
• EXPOSITORES
• Casale
• IFB
• Panucci
• Angus
• Mitsubishi
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