Recuperação do mercado pecuário

O ciclo das vacas magras acabou. Essa é a conclusão do zootecnista Fabiano Ribeiro Tito Rosa, da Scot Consultoria de Bebedouro (SP), durante palestra realizada ontem, na Expojipa. “Hoje o mercado aponta para uma recuperação dos preços pagos aos produtores. São aproximadamente cinco anos de abate de matrizes, contenção de despesas e redução de investimentos. Esse ajuste agora vai beneficiar o produtor”, afirma. De acordo com ele, o abate de vacas em Rondônia aumentou 462%, de 2001 a 2006, contra um aumento de 171% no abate de bois. No Brasil, no mesmo período, o aumento foi de 167% das vacas e 39% dos bois. Preços baixos e problemas sanitários contribuíram para desanimar os produtores e se desfazer de suas matrizes, o que frustrou a perspectiva de expansão do rebanho e do faturamento. Mas, desde meados de 2005, os preços da carne não param de subir. Em Rondônia, esse aumento foi de 30% nos preços do bezerro e 37% nos preços do boi. Crescimento maior que São Paulo e Mato Grosso do Sul. Segundo Ribeiro, a manutenção do crescimento das exportações são ingredientes para alimentar o otimismo. Para Ribeiro, a recuperação do mercado obedece a uma lógica. “O ciclo pecuário existe. O difícil é adivinhar quando ele vira”. Nesse período, mudam as tendências porque, sem bons preços para seus animais, os pecuaristas desfazem de suas vacas, que deixam de produzir bezerros, que passam a ser mais valorizados e, assim por diante. Fonte: Folha de Rondônia. Agropecuária. 13 de julho de 2007.
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