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Aval dos EUA aproxima SC do mercado japonês

Aval dos EUA aproxima SC do mercado japonês


Reconhecimento do Estado como área livre de febre aftosa pode influenciar novos compradores. A sinalização dos Estados Unidos em reconhecer Santa Catarina como área livre de febre aftosa reacende o otimismo da agroindústria do Estado sobre a conquista de novos mercados para a carne suína catarinense. Mais do que um grande comprador, o mercado americano tem influência suficiente no mercado internacional para levar outros países a reconhecerem a qualidade da carne produzida em SC. O Japão, maior comprador de carne de porco do mundo, é o objetivo dos catarinenses em longo prazo. A promessa de agilizar o processo de reconhecimento de SC como área livre da febre aftosa foi apresentada pelos americanos como moeda de negociação contra as retaliações brasileiras aos produtos dos EUA. O governo brasileiro vai estudar as propostas antes de decidir se prossegue com as atuais sobretaxas. Para o diretor do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne) de SC, Ricardo Gouvêa, o mercado dos EUA tem a mesma importância que o da União Europeia, que no final de 2009 realizou visita técnica ao Estado mas ainda não aceitou importar o suíno catarinense. Gouvêa diz que SC está fornecendo novos dados para a UE e ainda confia na abertura do mercado europeu. Mas ele reconhece que os EUA têm potencial como comprador e também como influência para abertura de outros mercados. O zootecnista Alex Lopes da Silva, da Scot Consultoria, especializada em agronegócio, lembra que os EUA estão entre os melhores pagadores do mercado internacional, ao lado do Japão, que poderia ser o próximo alvo de SC. – O reconhecimento dos EUA funcionaria muito mais como uma chancela de sanidade. Os EUA são um grande comprador, porém são também produtores e exportadores. Mas esse reconhecimento influenciaria outros grandes compradores, como Japão, Coréia, Canadá e México – avalia o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Wolmir de Souza, acredita que a influência dos EUA sobre outros países seria a principal conquista com o reconhecimento americano. Estado busca retomar a liderança nas exportações Souza lembra que SC exporta 45% da sua produção de carne suína. Com um rebanho de 6,5 milhões de cabeças, o Estado faz 650 mil abates por mês e é o maior produtor brasileiro. Mesmo sem vender carne suína para EUA e UE, SC é o segundo maior exportador brasileiro do produto. Só perde para o RS. Mas a reconquista do mercado russo, no final do ano passado, deverá colocar SC no topo das exportações em poucos meses, avalia Souza. Em 2009, os principais compradores de SC foram Ucrânia e Hong Kong. Neste início de 2010, a Rússia retomou a liderança. Fonte: Diário Catarinense. Por Alexandre Lenzi. 10 de abril de 2010. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
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