Tecnologias para aumentar a produtividade das pastagens na pecuária brasileira

Scot Consultoria: Rodrigo, você pode comentar um pouco sobre as tecnologias XT-S e Ultra-S da Corteva? Quais diferenciais elas oferecem ao produtor?

Rodrigo Takegawa: Nos últimos anos, a Corteva realizou a completa transição do portfólio foliar para as linhas XT-S e Ultra-S, posicionando a companhia com produtos inovadores e sustentáveis. As soluções também melhoram a qualidade do pasto, refletindo na maior produção de carne e leite com menor uso de áreas, além de promover maior eficiência e praticidade no manejo do pasto.

A Tecnologia Ultra-S atua no controle de plantas daninhas de folhas largas anuais e bianuais, como o Fedegoso-branco, a Cheirosa e as Guanxumas, com um melhor e mais consistente controle de Sidas, e seletivo para as principais gramíneas forrageiras. A Tecnologia Ultra-S é essencial para o manejo eficiente e o aumento sustentável da produção de forragem por área.

O diferencial da Tecnologia Ultra-S está em permitir o uso de doses menores de herbicida por área, reduzindo-a praticamente pela metade – onde antes seriam necessários 4 litros por hectare, com os produtos Ultra-S, são necessários 2 litros por hectare, nas mesmas condições de pasto. Esta atuação reflete, para o pecuarista, em benefícios no armazenamento, transporte, manuseio e descarte, devido à redução de embalagens do produto.

Já a Tecnologia XT-S visa o controle mais eficiente das plantas de mais difícil controle com destaque às semilenhosas e lenhosas. De forma semelhante, esta tecnologia também entrega um controle mais eficiente como menor dose/ha.

Scot Consultoria: O produtor, às vezes, pode ser relutante em aderir novas tecnologias para sua produção. Portanto, quais estratégias vocês adotam para apresentar a eles novos produtos?

Rodrigo Takegawa: A Corteva Agriscience é uma empresa de Pesquisa & Desenvolvimento e atua há mais de 60 anos no mercado de Pastagem no Brasil.

Portanto, para nós, a melhor forma de convencer o pecuarista a adotar novos produtos é provar que a nova solução irá gerar valor superior à solução usada hoje na propriedade. Sendo assim, a proximidade com o cliente, o conhecimento técnico e a tecnologia andam juntos para uma experiência relevante e de confiança com o pecuarista. Por meio de nossos representantes comerciais e do sistema de distribuição da Corteva, conseguimos promover as novas tecnologias em cada segmento da pecuária ao redor do país.

Scot Consultoria: O cenário de aumento nos custos de produção nos últimos anos impactou o mercado de defensivos. Qual a estratégia adotada por vocês para superar esse período?

Rodrigo Takegawa: O nosso foco foi assegurar o suprimento para os pecuaristas continuarem usando nossas tecnologias no momento correto e, ao mesmo tempo, demonstrando a eles o valor no uso delas em suas áreas diante deste contexto.

Scot Consultoria: Há, no Brasil, uma grande parcela de áreas com pastagem em algum nível de degradação. Qual será o principal desafio, em 2023, para acessar essas áreas e levar, ao produtor, o entendimento da necessidade de aplicação tecnológica porteira adentro?

Rodrigo Takegawa: Nosso time de campo auxilia, oferece apoio e assistência técnica aos pecuaristas, principalmente, abordando a importância de recuperar áreas degradadas e como elas podem ser recuperadas com o uso das nossas tecnologias, de maneira correta.

Nossos representantes comerciais, promotores técnicos e os times que compõem o sistema de distribuição da Corteva são os caminhos pelos quais atingiremos os pecuaristas para que nossas tecnologias possam ajudá-los.

Dentro da Plataforma-S, nossa equipe oferece consultoria e soluções para recuperar áreas degradadas além de apoio às pequenas propriedades rurais.

Scot Consultoria: Qual a importância das boas práticas agrícolas (BPA) no dia a dia do produtor?

Rodrigo Takegawa: As Boas Práticas Agrícolas (BPA) são fundamentais na agricultura brasileira, inclusive, na pecuária. A Corteva conta com um time de BPA para apoiar os produtores no manejo integrado, na tecnologia de aplicação e, principalmente, na segurança ao trabalhador.

Com a área de BPA, o produtor pode ter informações e capacitações sobre o uso correto, seguro e responsável de defensivos agrícolas, capacitando assim, a mão de obra e obtendo o melhor controle fitossanitário do pasto. Outro ponto importante das boas práticas agrícolas, está relacionado à resistência das invasoras, já que elas são fundamentais na hora de mudar as estratégias de manejo.

A aplicação incorreta de defensivos agrícolas é sinônimo de prejuízo, pois aumenta os riscos de contaminação de pessoas e do meio ambiente, além de gerar desperdício e deriva, por isso, é importante respeitar as boas práticas agrícolas no dia a dia da fazenda.

Scot Consultoria: Quais os maiores desafios para estabelecer uma produção mais sustentável? Para os próximos anos, quais metas vocês têm com relação à sustentabilidade na pecuária e na agricultura?

Rodrigo Takegawa: A Linha Pastagem da Corteva tem como compromisso ser parte da solução para uma pecuária mais sustentável. Estamos sempre pesquisando e desenvolvendo soluções inovadoras para melhorar a produtividade e qualidade do pasto na busca de uma velocidade maior na produção de carne e leite em menor área. Contamos também com uma equipe interna e parceiros comerciais que se dedicam em fazer chegar essas tecnologias aos pecuaristas.

Para auxiliar o produtor e o setor em uma produção mais sustentável, a Corteva lançou, em 2020, a Plataforma-S, que incentiva as práticas que preservam o meio ambiente, a evolução dos pequenos pecuaristas, o reconhecimento aos produtores que se comprometem com a sustentabilidade e o apoio social no meio rural. A ação visa valorizar as melhores práticas sustentáveis na pecuária como referências a serem seguidas por toda a cadeia de produção de carne e leite.

A Plataforma-S também investe em ações de consultoria de boas práticas de manejo e controle de degradação, reunindo um conjunto de iniciativas alinhadas ao propósito e valores da Corteva, para o desenvolvimento de uma pecuária sustentável, produtiva e rentável.

Além das nossas tecnologias, da Plataforma-S e dos projetos ambientais e sociais com os pecuaristas parceiros, outra ação, que está em andamento, é o Projeto “Validação de protocolo MRV (avaliação, relato e verificação) das emissões de GEEs e da sustentabilidade socioambiental, bem-estar animal e governança”, em parceria com a Embrapa e outras instituições. A iniciativa visa validar um protocolo para avaliação de GEE em fazendas que adotam sistemas produtivos sustentáveis.