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Scot Consultoria

Encontro de Adubação de Pastagens da Scot Consultoria – Tec- Fértil entrevista o engenheiro agrônomo Marco Balsalobre


Quinta-feira, 5 de setembro de 2013 - 10h04


A necessidade de produzir mais em menos área é uma realidade para a pecuária brasileira. O mercado e a legislação ambiental conduzem para essa estratégia.


Em função desse cenário é que nos dias 25 e 26 de setembro acontecerá em Ribeirão Preto-SP o Encontro de Adubação de Pastagens da Scot Consultoria - Tec- Fértil.


Para maiores informações acesse www.encontrodepastagem.com.br.


Marco Antônio Balsalobre é engenheiro agrônomo, doutor em agronomia e diretor técnico de ruminantes da Nutreco.


Sua palestra será sobre "Adubação de pastagens e suplementação (proteica e energética) como ferramentas de manejo."


Para saber um pouco sobre a palestra, leia a entrevista que ele concedeu à organização do Encontro de Adubação de Pastagens.


Entrevista com Marco Antônio Balsalobre


Scot Consultoria: A suplementação (proteica e energética) é uma importante ferramenta de auxílio na suplementação alimentar de bovinos. Quais os principais pontos que o pecuarista deve focar para realizar uma suplementação efetiva com o menor custo econômico possível?


Marco Antônio Balsalobre: Para uma adequada suplementação o pecuarista deve definir seu sistema de produção, suas metas e objetivos. Considerando pastagens tropicais, cuja qualidade limita altos desempenho dos animais, quantidades maiores de alimentos concentrados fornecidos aos animais remetem a maiores ganhos de peso. Quanto pior a qualidade da forragem e menor a oferta dessa, maiores são as respostas dos suplementos. Entretanto, suplementos fornecidos em menores quantidades (1g/kg de peso por exemplo) e, principalmente, quando adicionados de manipuladores ruminais (antibióticos), apresentam melhor benefício/custo que os fornecidos em maiores quantidades. Sendo assim, alimentos fornecidos em maiores quantidades (acima de 3 g/kg de peso), devem ser usados de forma estratégica.


Outro ponto que deve ser muito bem avaliado é o que está sendo suplementado, ou seja, qual a qualidade da dieta, especificamente, qual a qualidade da forragem que precisa ser suplementada. Desse modo, os suplementos devem ter composição adequada à forragem em que se está trabalhando. O adequado teor de proteína e suas fontes são fundamentais para a suplementação econômica.


Suplementações proteicas e energéticas aumentam o desempenho dos animais e, consequentemente, aumentam o desfrute. Além disso, melhora o acabamento e o rendimento da carcaça.


 


Scot Consultoria: Adubando e suplementando, quais as taxas de lotação que se consegue chegar?


Marco Antônio Balsalobre: Considerando os melhores resultados em produção de forragem em respostas às adubações nitrogenadas, é possível produções de massa forrageira da ordem de 200 kg/ha.dia de matéria seca. Para um aproveitamento desse material da ordem de 60-70%, são possíveis lotações pontuais de 12-14 UA/ha. Entretanto, a lotação animal em uma fazenda deve ser analisada como média do ano, lotações em fazendas de produção de carne de grande porte, da ordem de 2 a 3 UA/ha são consideradas audaciosas. Não pelo nível tecnológico exigido por esses sistemas, mas sim pelo desafio administrativo de altas lotações. Conviver com altas lotações, necessidade de adubação nitrogenada e as variáveis climáticas, é o grande desafio.


 


Scot Consultoria: Em sistemas com adubação constante (intensivos), quando o pecuarista deve suplementar; nas águas, nas secas ou nas duas épocas? Por quê?


Marco Antônio Balsalobre: A suplementação pode ser feita em qualquer momento, nas águas ou no período de seca. Obviamente, como a suplementação apresenta melhores repostas quanto pior a qualidade da forragem, ela deve ser iniciada na seca. Durante o período das águas, suplementações apresentam respostas econômicas quando são bem formuladas e por possibilitarem o uso de moduladores ruminais. Vale relatar que trabalhos com aumento significativo de lotação nas águas diante da redução da oferta de forragem, sem que haja perda de desempenho dos animais, são possíveis quando se realiza suplementações. 


 


Scot Consultoria: Qual o ganho ou a produtividade nas pastagens intensivas adubadas?


Marco Antônio Balsalobre: Lotações de 4, 5...10 cabeças ou mais por hectare, são possíveis de serem atingidas em pastagens tropicais durante o período de crescimento das plantas. Esse período de crescimento pode variar entre 150 e 210 dias. Entretanto, períodos de adequada disponibilidade de água no solo e/ou adequada temperatura para o crescimento da planta, maiores ou menores que esses podem ser encontrados no Brasil.


O ganho diário de peso dos animais é em função de:


- Qualidade dos animais


- Oferta de forragem


- Nível de suplementação


Pode-se dizer que os ganhos durante o período de verão variarão entre 500 e 800 g/cab.dia, sendo assim, produtividades da ordem de 1600, 1800....2500 kg/ha.ano são factíveis. Acredito que ganhos da ordem de 800 a 1000 kg/ha.ano são considerados excelentes e administráveis em grandes sistemas.



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