• Sexta-feira, 3 de outubro de 2025
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Scot Consultoria

Prognóstico climático para outubro

Para outubro, a expectativa é de intensificação das chuvas nas áreas que já registraram precipitações no fim de setembro, além do avanço para regiões que ainda enfrentam estiagem.


Fonte: Scot Consultoria

Fonte: Scot Consultoria

Região Norte

As chuvas se intensificarão na maior parte da região, trazendo alívio para áreas que enfrentavam baixos níveis de umidade, como Rondônia, Sul do Pará e Tocantins. Por outro lado, o Norte do Pará, Roraima e Amapá irão registrar acumulados menores em relação às demais áreas, mas sem indicação de preocupação.

Nas regiões com maior frequência de precipitações, o acumulado mensal irá variar entre 160mm e 220mm. Já nas áreas de menores acumulados, a expectativa é de 40mm a 80mm ao longo do mês.

Com o retorno das chuvas, a umidade do solo tende a se recuperar, reduzindo déficits observados em algumas localidades. Esse avanço abre janelas de oportunidade para a semeadura e contribui para a melhora da qualidade das pastagens.

Região Nordeste

Nessa parte do país, o comportamento será distinto em relação às demais regiões: as chuvas serão escassas e mal distribuídas. Em pontos isolados pode haver acumulados próximos de 100mm, mas, de modo geral, a maioria das áreas não irá ultrapassar os 20mm.

Na Zona da Mata e no Agreste, que nos últimos meses estiveram entre as regiões mais beneficiadas pelas precipitações, agora os volumes irão se assemelhar aos do Meio-Norte e do Sertão – ou seja, praticamente nenhuma chuva.

As precipitações mais relevantes vão ocorrer no Sul do Maranhão, no Sul da Bahia e, de forma mais localizada, no Sul do Piauí. Nessas áreas, as chuvas tendem a favorecer os trabalhos do campo, como a semeadura da soja e do milho da primeira safra.

Embora a falta de chuvas no Nordeste seja típica para o período e os mapas indiquem que os volumes ficarão dentro do esperado ou até acima da normalidade em pontos isolados, essa escassez será prejudicial. A umidade do solo, que já é baixa nesta época do ano, encontra-se significativamente abaixo do habitual, assim, a persistência da seca acaba agravando a situação das pastagens e dificultando os trabalhos no campo.

Região Centro-Oeste

No final de setembro já foram registradas as primeiras chuvas na região, mas de forma fraca, mal distribuída e pouco frequente. Para outubro, a expectativa é de precipitações mais intensas, que irão marcar o fim da estiagem, embora os maiores volumes estejam previstos apenas para a segunda quinzena do mês.

A região vinha enfrentando seca e temperaturas acima da média para o período, o que reduziu a umidade do solo, especialmente em Goiás. Com o retorno das chuvas, espera-se uma recuperação nos índices de umidade, trazendo alívio para as pastagens em condições críticas e favorecendo o plantio de arroz, soja e milho da primeira safra.

Os acumulados irão ficar em níveis semelhantes nos três estados, variando entre 100mm e 160mm ao longo do mês.

Região Sudeste

Assim como no Centro-Oeste, as chuvas tendem a se intensificar em outubro, tornando-se mais frequentes e ficando dentro ou acima da média para o período.

Em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e no Sul de Minas Gerais, os acumulados devem variar entre 100mm e 160mm, trazendo alívio principalmente para Minas e São Paulo, onde o déficit de umidade do solo é mais acentuado.

Já o Norte de Minas deve registrar volumes menores, entre 40mm e 80mm, patamares ainda abaixo do ideal.

Com esse aumento das precipitações, abrem-se janelas para a semeadura e inicia-se também a recuperação gradual das pastagens, que, assim como em outras regiões, vinham apresentando condições desfavoráveis.

Região Sul

As chuvas vão permanecer regulares e bem distribuídas, em um cenário semelhante ao observado em setembro, com todos os estados registrando bons acumulados. A previsão aponta volumes acima da média histórica para o período em Santa Catarina e Paraná, enquanto no Rio Grande do Sul as precipitações tendem a ficar abaixo do habitual, cerca de 10mm a menos que o normal.

Na maior parte da região, os acumulados irão variar entre 200mm e 230mm, enquanto em áreas mais periféricas, como o extremo Norte do Paraná e o Sul do Rio Grande do Sul, as médias ficarão próximas de 160mm.

Apesar do volume expressivo, essas chuvas já eram esperadas e não devem atrapalhar as atividades de campo previstas para o período.

Temperatura

As temperaturas médias irão se manter semelhantes às observadas em setembro, com a maior parte do país registrando anomalias positivas entre 0,2°C e 2,0°C acima da média histórica. A exceção fica para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde os valores tendem a ficar dentro ou abaixo do esperado, em até 1,5°C.

No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as médias devem variar de 25°C a 30°C.

No Sudeste, prevê-se elevação das temperaturas, com valores entre 20°C e 25°C, sendo que o Sul de São Paulo, o Sul de Minas Gerais e o Rio de Janeiro registrarão as menores marcas da região.

Já no Sul, as temperaturas também se elevarão na comparação mensal, mas permanecerão como as mais baixas do país, oscilando entre 15°C e 22°C.

Figura 1.
Mapa de precipitação total prevista para outubro (mm).

Fonte: INMET

Figura 2.
Mapa de anomalias de precipitação prevista para outubro (mm).

Fonte: INMET

Figura 3.
Mapa de temperatura média prevista para outubro (°C).

Fonte: INMET

Figura 4.
Mapa de anomalias de temperaturas prevista para outubro (°C).

Fonte: INMET

Figura 5.
Anomalia de umidade do solo – Modelo Leaky Bucket (%).

Fonte: NOAA/CPC

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