O preço do leite pago ao produtor, depois de três meses consecutivos de alta, caiu.
Foto: Freepik
Originalmente publicada no Broadcast Agro.
O preço do leite pago ao produtor, depois de três meses consecutivos de alta, caiu.
Na comparação feita mês a mês, no pagamento de maio, referente ao leite entregue em abril, a queda foi de 1,3%, ou R$0,03/litro.
Considerando a média nacional ponderada nos dezoito estados monitorados pela Scot Consultoria, o litro de leite ficou cotado em R$2,507.
Figura 1.
Cotação média ponderada nacional do leite ao produtor - em R$/litro, sem o frete, valores nominais.
Fonte: Scot Consultoria
Em relação a igual período do ano passado, porém, a cotação média está 4,5% maior.
Este movimento de queda acontece em um momento atípico, mas que é justificado pelo aumento da oferta, mesmo em plena entressafra, e pela dificuldade de escoamento de lácteos na ponta final da cadeia.
No país, o Índice de Captação de Leite da Scot Consultoria aumentou 1,3% em abril frente a março. O aumento da oferta se explica pelo clima propício, pela boa qualidade das silagens e pelas melhores margens da atividade, com os custos mais brandos, principalmente os relacionados à alimentação.
A produção de leite no Brasil é influenciada pelo clima, especialmente pelas condições das pastagens. O período de outono-inverno (aproximadamente de maio a setembro) marca uma queda natural na produção de leite em muitas regiões do país, como a Sudeste, a Centro-Oeste e partes do Sul.
A menor oferta tende, historicamente, a provocar altas nos preços ao produtor.
Veja na figura 2, a variação do preço do leite ao produtor em maio em relação a abril.
Figura 2.
Variação do preço do leite pago ao produtor em maio, em relação a abril, desde 2015.
Fonte: Scot Consultoria
Nos últimos 11 anos, a cotação caiu somente em 2020 (período de pandemia) e neste ano (2025).
Para o pagamento a ser realizado em junho, referente à produção entregue em maio, o mercado segue pressionado. A oferta mais estável e a dificuldade no consumo mantêm a expectativa de mercado incomum para o período.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, 58,9% dos laticínios consultados apontam para estabilidade no próximo pagamento, 36,5% falam em queda e 4,5% apontam para alta.
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