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Carta Insumos - Está mais caro salgar cocho este ano


Quarta-feira, 31 de janeiro de 2018 - 09h55


O preço do óleo diesel disparou em 2017.  Em julho, o governo anunciou o aumento do PIS e Cofins incidentes sobre os combustíveis para ajudar a equilibrar as contas públicas. Mas o reajuste não parou até agora.


No mês seguinte ao anúncio, em agosto, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em São Paulo, a alta foi de R$0,12/litro, no mês seguinte de mais R$0,07, depois mais R$0,07 e continuou subindo.


O resultado: Começamos 2018 com alta acumulada de R$0,37/litro ou 12,7%, valorização de quase 2,0% ao mês. Veja a figura 1.



Trazendo para o negócio pecuário, para o pecuarista representou ou representa um aumento no custo operacional com tratores de 7%, em sete meses. Para o cálculo do custo–hora, consideramos o preço médio de um trator de 95 cavalos, vida útil de 10 anos, trabalhando mil horas por ano (parâmetros preconizados pela Embrapa) e um valor residual de 25%.


Ou seja, se ele mantiver a fazenda do mesmo tamanho, com o mesmo número de piquetes e de cochos e, consequente, com o mesmo número de operações de 2017, este trator, com uma carreta cheia de suplemento mineral, indo salgar cocho, já sai do barracão de máquinas a um custo 7% maior do que o de julho para rodar a fazenda. Figura 2.


Estes cálculos foram feitos mantendo todos os outros parâmetros de custo (mão de obra, lubrificante e preço da máquina) inalterados ao longo dos meses para captar o impacto desta variável, isolada, no custo da hora-máquina.


Agora, se este mesmo pecuarista, por um acaso, pagar pelo diesel o preço máximo que a ANP diz estar disponível ao consumidor de São Paulo, R$3,97/litro, esse incremento de custo chega a 20,3% em sete meses. Veja a figura 2.



E não para por aí. Se a fazenda pagar as despesas de uma caminhonete, por exemplo, considerando que o destino fim deste veículo seja principalmente ir até a propriedade, tem mais “aumento de conta”. 


Um veículo deste que utiliza diesel S-10, consome um litro de combustível a cada dez quilômetros rodados e roda, por mês, três mil quilômetros, saiu de um gasto de R$10,9 mil/ano em julho de 2017 para os atuais R$ R$12,3 mil/ano, alta de 12%. 


A conta do congelamento de preços no passado recente, chegou.



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