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Scot Consultoria

Carta Insumos - Os insumos que mais pressionaram os custos em 2012


Quarta-feira, 28 de novembro de 2012 - 17h18

Alta nos custos de produção, estreitamento de margem e necessidade de ganho em escala, são assuntos cada vez mais comuns na pecuária. Ao longo dos anos a remuneração do pecuarista vem variando abaixo dos preços dos insumos, e abaixo da inflação oficial. Figura 1.



Em 2012 não foi diferente.


Diante disso, selecionamos os principais produtos utilizados na terminação de bovinos, para identificar quais deles pressionaram com mais intensidade o resultado da atividade ao longo deste ano.


Dentre os insumos do grupo alimentos, milho, farelo de soja e um suplemento mineral padrão, com 80 gramas de fósforo foram considerados. Superfosfato simples, sementes de capim braquiarão (Marandú) e herbicidas, compõe a categoria de produtos para pastagem.


Por fim, foi feita a média das cotações mensais de ivermectinas e todos os itens foram confrontados com a variação do preço da arroba do boi gordo.


Veja na figura 2 o resultado, o comportamento dos preços de cada insumo e do valor recebido pela arroba. 



Note que dos sete grupos de insumos selecionados, cinco deles estiveram, pelo menos por um determinado período do ano, variando abaixo do preço da arroba, o que significa ganho em poder de compra para o pecuarista.


Porém, algumas ponderações precisam ser feitas.


A começar pelo milho e o fertilizante superfosfato simples. Estes produtos, cujos preços no primeiro semestre caíram, subiram mais que a arroba do boi no segundo semestre, época de confinamento e reforma de pasto.



Aliás, em função da safra do capim e da boa oferta de boiadas, o primeiro semestre é marcado pela queda natural do preço da arroba, ou seja, com este cenário, certamente foram poucos os produtores que aproveitaram para comprar insumos.


Se o milho não foi o maior agravante de custo, suplementar com proteína impactou significativamente no caixa da fazenda. O farelo de soja subiu em média 106%, no centro sul do país até setembro, mês de pico do preço.


No começo de 2012 com 6,87 arrobas de boi gordo era possível comprar um tonelada do insumo, a partir de julho, era necessário mais do que o dobro para adquirir a mesma quantidade de farelo.



Com a elevação do preço da soja, balizador do mercado de proteínas, todas as cotações de possíveis alternativas também subiram. O farelo de algodão 28, por exemplo, em onze meses subiu 95%.


A boa notícia, embora pontual, é a recente melhora no poder de compra para o suplemento mineral e vermífugos à base de ivermectina.


O produto que ficou "fácil" comprar este ano foram as sementes de capim Marandú. Em função do grande estoque de passagem, o preço caiu concomitantemente com a alta de preço da arroba do boi gordo na época de maior demanda pelo insumo. Porém, é preciso considerar que este é o menor dos custos dentre todos que incidem na formação de um pasto, 3%, em média, ou seja, pouco impactou no resultado econômico.


Em resumo: indiferente ao sistema de produção adotado, - confinamento, semi confinamento, produção em pasto - está cada vez mais caro produzir. 


 



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