Os turcos compraram 24,4% do total exportado pelo Brasil em julho.
Na última análise referente à exportação de bovinos, trouxemos que um dos estados brasileiros não identificado ou “não declarado” havia exportado 8 mil cabeças de bovinos em pé. A Secex, porém, reviu os dados e, na consolidação de junho, corrigiu esse dado informando que o Rio Grande do Sul exportou 3,8 mil cabeças de gado vivo. Sendo assim, das 75,9 mil cabeças exportadas em junho, reportadas no texto, somente 71,7 mil deixaram o Brasil. O destino do gado rio-grandense foi o Marrocos, que comprou bovinos de reposição para engorda. Realmente, sem Turquia no radar em junho.
Se em junho a Turquia nada havia comprado de gado brasileiro, em julho responderam por 24,4% das compras – 21,9 mil das 89,5 mil cabeças exportadas, todas provenientes do Rio Grande do Sul.
O Pará foi a origem de 56,4 mil cabeças exportadas, São Paulo foi a origem de 163 cabeças (exportação de bovinos reprodutores para a Nigéria) e, mais uma vez, um estado não identificado respondeu por 11,1 mil cabeças, totalizando as 89,5 mil.
Figura 1. Exportação em mil cabeças, por mês.
*Desconsiderando 2021
Fonte: Secex / Elaboração: Scot Consultoria
No acumulado anual, são 573,0 mil cabeças exportadas até julho, frente a 435,9 mil do ano passado.
Perfil do gado exportado em julho
Do exportado, a predominância foi de bovinos com peso de 300 a 425kg. Foram 49 mil cabeças. Essa faixa foi a mais demandada no período, destacando-se o Iraque como principal comprador (24,6 mil cabeças), seguido por Marrocos (15,5 mil), além de participações relevantes da Jordânia (3,8 mil) e do Líbano (4,9 mil) – tabela 1.
Tabela 1.
Distribuição da exportação de gado em pé no em julho por faixa de peso e país de destino.
Fonte: Secex / Elaboração: Scot Consultoria
Na categoria de gado leve, os turcos foram os únicos compradores – 21,9 mil bovinos, enquanto a de bovinos pesados tiveram como destino exclusivo o Egito, com 18,6 mil cabeças. Os egípcios importaram bovinos pesados, para abate imediato e fornecimento rápido de carne ao consumidor local.
De forma geral, tanto o volume quanto o perfil de peso dos bovinos estiveram dentro do padrão esperado. No ano a trajetória é de crescimento frente a 2024, evidenciado que a exportação de gado vivo é um canal complementar para o escoamento da produção brasileira.
Por fim, estimamos que até a terceira semana de agosto foram exportadas 34,7 mil cabeças de gado vivo.
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