A perspectiva para o preço do boi gordo em 2025 é otimista, embora o mercado futuro esteja mais cauteloso em precificar altas para os meses finais do ano.
O Farmnews atualizou os dados do preço do boi gordo nos EUA em junho de 2025, que segue no maior patamar da história do país.
Além do preço recorde do bovino pronto para o abate nos EUA (figura 1), a cotação alcançou um patamar quase três vezes superior à média praticada no Brasil (figura 2).
Na parcial de junho de 2025, o preço médio do boi gordo (Cepea), avaliado em moeda americana, foi de US$56,5 por arroba, 38,2% acima do observado em junho de 2024 (US$40,9). Nesse contexto, é importante destacar também a valorização do real frente ao dólar, já que a cotação de R$5,55 na parcial de junho foi a menor desde setembro de 2024.
Figura 1.
Preço nominal do boi gordo nos EUA (Choice 60-85), em dólares por arroba.
Fonte: Cepea. Elaboração: Ivan Formigoni
O preço do boi gordo nos EUA (Choice 60-85) foi cotado a US$150,2 por arroba, muito próximo ao observado no mês anterior e 16,5% acima do praticado no mesmo período de 2024 (US$128,3).
Com o rebanho dos EUA nos menores patamares da história, o preço do boi gordo no país segue renovando máximas. O cenário reforça a maior procura dos norte-americanos pela carne bovina brasileira e evidencia que o mercado pecuário global está pressionado.
Os dois principais produtores mundiais, Estados Unidos e Brasil, enfrentam redução do rebanho de fêmeas e, por consequência, do total de bovinos, o que sustenta os preços em alta.
Figura 2.
Preço nominal do boi gordo,em dólares por arroba.
Fonte: Cepea. Elaboração: Ivan Formigoni
A perspectiva para o preço do boi gordo em 2025 é otimista, embora o mercado futuro esteja mais cauteloso em precificar altas para os meses finais do ano, diante de um mercado físico já descolado dos preços praticados no mesmo período do ano anterior.
No entanto, com a demanda internacional firme e os preços externos em níveis recordes, somados à expectativa de queda na oferta de fêmeas para abate nos meses finais de 2025, os preços devem seguir firmes e valorizados.
Zootecnista, doutor pela USP-FZEA e fundador da Farmnews.
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