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Scot Consultoria

Expectativa de boa rentabilidade para a soja em 2014

As chuvas no final de fevereiro e começo de março diminuíram em parte a preocupação com relação aos rendimentos das lavouras brasileiras. Os preços caíram, ou voltaram, em algumas praças e em outras o


Artigo originalmente publicado na Revista Agroanalysis

O clima adverso no início de 2014 mudou o cenário para os preços dos grãos nesta temporada.

O forte calor e a seca no começo do ano e depois as chuvas em excesso no final de fevereiro e começo de março, em especial nas regiões Centro-Oeste e Norte, diminuíram as expectativas com relação à produção brasileira na temporada atual.

Como consequência, os preços dos grãos subiram em plena colheita da safra de verão.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em Rondonópolis, em Mato Grosso, a saca de 60 quilos ficou cotada em média em R$60,56 na primeira quinzena de março.

A alta foi de 9,1% desde o final de janeiro deste ano, quando o mercado começou a firmar. Veja a figura 1.

Figura 1.
Preço da soja grão em Rondonópolis-MT, em R$/saca de 60 quilos.

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

A cotação da soja está 19,8% mais alta na comparação com o março do ano passado.

Produção brasileira

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisara para baixo, pela primeira vez, a produção brasileira no relatório de fevereiro.

Em março, mais uma revisão para baixo. A expectativa é de que sejam colhidas 85,44 milhões de toneladas em 2013/2014, frente às 90,33 milhões de toneladas estimadas em janeiro/14.

Apesar da queda da expectativa, o volume previsto ainda está maior que as 81,49 milhões de toneladas colhidas na safra passada. Com a previsão de queda da produção, o Brasil perdeu o posto de maior produtor para os Estados Unidos, cuja colheita foi de 89,51 milhões de toneladas de soja.

Resultados econômicos

O custo médio de produção de soja aumentou em 2013/2014, em relação à safra anterior.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), em Mato Grosso, os custos operacionais totalizaram R$1.831,29 por hectare, um aumento de 21,2% na comparação com 2012/2013.

O preço médio de venda está em R$61,93 por saca de 60 quilos, considerando a média de julho de 2013 a março de 2014. Este valor está 0,3% maior que o preço médio de venda do grão na temporada passada (média de julho/12 a junho/13).

O IMEA estima uma produtividade média de 54,0 sacas de soja por hectare na temporada atual. Apesar dos problemas climáticos, o rendimento está maior que o rendimento médio da safra anterior, cuja produtividade foi de 50 sacas/ha.

O faturamento com a venda da soja está estimado em R$3.344,28 por hectare em 2013/2014, frente aos R$3.088,54 por hectare em 2012/2013.

Para o cálculo da rentabilidade, consideramos o preço da terra. Com isso, no Mato Grosso, a rentabilidade média da atividade em 2013/2014 está estimada em 11,8%.

Tabela 1.
Estimativa de rentabilidade média para a produção de soja em Rondonópolis-MT.

* Relatório de Terras da Scot Consultoria. Preço médio de terra para agricultura na região de Rondonópolis-MT.

Fonte: IMEA / Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

No Paraná, a rentabilidade também deverá ser menor em 2013/2014, em relação à 2012/2013.

Além do aumento dos custos de produção, neste caso, a forte queda na produtividade na temporada atual diminuiu o faturamento por hectare.

Na região de Ponta Grossa-PR, a rentabilidade média está  estimada em 6,4%, frente a 8,6% na safra passada. Os preços mais altos da terra no Paraná também refletem em um resultado menor.

Tabela 2.

Estimativa de rentabilidade média para a produção de soja em Ponta Grossa-PR.


* Relatório de Terras da Scot Consultoria. Preço médio de terra para agricultura na região de Ponta Grossa -PR.

Fonte: DERAL / Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br


As rentabilidades estimadas para a safra atual estão menores que a verificada em 2012/2013, mas ainda assim, representam resultado positivo para o agricultor.

Considerações finais

As chuvas no final de fevereiro e começo de março diminuíram em parte a preocupação com relação aos rendimentos das lavouras brasileiras.

Os preços caíram, ou voltaram, em algumas praças e em outras o ritmo de alta diminuiu com o avanço da colheita e do aumento da disponibilidade interna do grão.

De qualquer maneira, o cenário ainda é de especulação e incertezas, mas no caso da soja, o aumento da produção na América do Sul e também nos Estados Unidos alivia em parte a pressão sobre os preços para o médio e longo prazos.

De qualquer maneira, perdas na produtividade foram confirmadas em diversas regiões do Brasil. A situação é pior no Sul no país e na região Centro-Oeste, onde muitas lavouras tiveram os rendimentos comprometidos pela seca e/ou excesso de chuvas.

A especução com relação às safras brasileira e argentina foram os principais fatores de sustentação dos preços no primeiro trimestre de 2014.

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