Continua pressão de baixa no mercado do leite
por Juliana Pila
Zootecnista, formada pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista, campus de Jaboticabal (FCAV/UNESP), com MBA em Gestão de Negócios pela Pecege USP/Esalq. Atua na área de ciências agrárias, análises e consultoria de mercados agropecuários. Analista de mercado, com atuação nas áreas de pecuária de corte, leite, frango, suínos, grãos e insumos agropecuários. É editora-chefe da área de pecuária de leite. Elabora textos e artigos para publicações da Scot Consultoria e revistas e mídias conceituadas do setor. Ministra palestras e treinamentos nas áreas de mercado de leite, boi gordo, grãos e assuntos relacionados à agropecuária em geral.
Artigo originalmente publicado na Revista Globo Rural, edição de novembro.
A pressão de baixa continua no mercado de leite. Com a oferta elevada e a dificuldade de escoamento, os laticínios não melhoram o preço ao produtor.
Considerando a média nacional, o produtor recebeu R$0,992 por litro em setembro.
Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, o volume aumentou 3,8% em agosto, em relação a julho.
Em setembro, os dados parciais apontam para um aumento de produção de 1,5%, em relação a agosto. Em relação a setembro de 2013, a captação aumentou 9,0%.
Para o pagamento de outubro (produção de setembro), o tom do mercado é de estabilidade a queda.
Segundo o levantamento, 68,0% dos laticínios pesquisados acreditam em manutenção dos preços, 21,0% em queda e 11,0% estimam alta.
No mercado atacadista, considerando a média de todos os produtos, os preços dos lácteos caíram 0,3% na primeira quinzena de outubro em relação à segunda metade de setembro. No mercado varejista, houve alta de 0,1%.
Como a concorrência entre os laticínios pela matéria prima não está alta, a recente redução das vendas gera pressão de estoque.
Com relação às importações, em setembro o Brasil comprou US$34,20 milhões em lácteos, redução de 49,4% frente a igual período do ano passado.
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