Reação vacinal e a febre no bolso do pecuarista

Apesar de obrigatória, e de garantir resultados comprovadamente satisfatórios, a aplicação da vacina contra febre aftosa pode trazer prejuízos consideráveis ao produtor em razão da formação de abscessos.  

Estes prejuízos estão sendo causados por vários fatores, como problemas na composição das vacinas e aplicações erradas, segundo a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

Os desafios da pecuária brasileira incluem a produção de proteína de origem animal com sustentabilidade, qualidade e assegurar o abastecimento do mercado consumidor.

Neste sentido, a luta contra a febre aftosa é fundamental. A doença provoca grande impacto econômico, causa prejuízos aos produtores, como também leva ao fechamento das exportações.

A vacinação do rebanho é muito importante, mas a reação indesejável que pode ser causada pela aplicação da mesma também pode ser muito prejudicial aos pecuaristas, de acordo com estudo feito pela Universidade Estadual Paulista (Unesp-SP) de Botucatu e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

As universidades constataram no projeto "Na Medida", que considerando o valor da arroba do boi a R$115,00, a reação vacinal pode levar a perdas econômicas de aproximadamente R$50,00 por animal.

Nessa pesquisa, realizada em 2013, foram avaliados 1.012 bovinos, divididos em 19 abates. O resultado apontou para perdas decorrentes da reação vacinal de até 6,5 quilos por animal.

A pesquisa chegou à conclusão de que há necessidade de informações e treinamento em práticas de manejo nas propriedades, como aplicação da vacina de forma correta e a troca das seringas evitando edemas, abcessos e contaminação da carne. São medidas simples que evitam causar prejuízos no bolso do produtor.