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Scot Consultoria

Um paradoxo difícil de explicar


Quarta-feira, 11 de junho de 2014 - 16h54

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


A Copa do Mundo começa amanhã.  A maioria das equipes que a disputará já se encontra em solo brasileiro, trazendo consigo uma seleção de craques difícil de juntar em qualquer outro evento.  Cristiano Ronaldo, Lionel Messi, Neymar, Iniesta, Benzema e Schwrzteiguer são apenas alguns dos muitos craques que desfilarão suas habilidades pelos campos tupiniquins.


Em tempos de "Pikettymania", é bom lembrar também que esses jogadores são muito bem remunerados, e estão todos, muito provavelmente, posicionados naquele famigerado 0,1% dos homens mais ricos do planeta.  Surpreendentemente, entretanto, eles não são vistos pelo público, pelos políticos e pela esquerda em geral como usurpadores da riqueza alheia.  Embora seus rendimentos sejam muito superiores aos dos reles mortais, essa enorme desigualdade é aceita pelos torcedores, que pagam com satisfação ingressos altíssimos, não raro adquiridos no mercado negro, para assisti-los jogar.


De fato, qual o garoto que não gostaria de ter a habilidade de um Neymar, de um Messi, de um Ronaldo e, de quebra, abocanhar as grandes fortunas que eles têm? No entanto, como bem lembrou o mestre Roberto Campos, Deus não é socialista, ou não teria dado tanto talento somente a alguns poucos privilegiados. Eu, particularmente, acredito que Ele deve ter lá as suas razões...


É curioso como desportistas (e artistas) em geral, embora multimilionários, são vistos com admiração pelo grande público, enquanto empresários e CEOs, que fazem fortuna vendendo outros serviços e produtos, são muitas vezes vistos com desdém e, em alguns casos, até mesmo com ódio pelas pessoas, quase sempre influenciadas pelo discurso das desigualdades, da luta de classes, da mais valia, etc. Tome-se, por exemplo, o caso dos Walton, donos da rede WalMart. Ao contrário de jogadores de futebol e artistas, que cobram preços e/ou salários altíssimos para exibir seus talentos, os Walton fizeram fortuna através do comércio varejista, vendendo produtos a preços baixos.


Agora, eu pergunto, principalmente para a moçada de esquerda: qual desses personagens contribuiu mais para amenizar a dura vida dos mais pobres?  Oscar Niemeyer, com seus belos projetos, Chico Buarque com suas belas canções, Gisele Buntchen desfilando suas belas roupas, Neymar com seus dribles sensacionais, ou o odiado Sam Walton, vendendo produtos mais baratos que qualquer concorrente, valorizando cada centavo nos bolsos dos mais necessitados? Eis aí um daqueles paradoxos difíceis de explicar. 


Por João Luiz Mauad



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