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Scot Consultoria

Região Andina livre de aftosa


Quinta-feira, 9 de maio de 2013 - 17h12

Engenheiro agrônomo formado pela UNESP - Jaboticabal.


O primeiro caso de febre aftosa no mundo foi detectado na Itália em 1514. No Brasil, o primeiro registro da doença aconteceu em 1895, no triângulo mineiro. As ações contra a aftosa no Brasil acontecem desde 1934 com a coordenação do Ministério da Agricultura.


A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) anunciou que 2012 foi o primeiro ano em que não ocorreram surtos de febre aftosa em bovinos nos países da região andina. É a primeira vez que isso acontece desde a chegada dos bovinos na região, ha mais de meio século.


Segundo o Ministério da Agricultura, a febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. A doença é causada por um vírus, que pode se espalhar rapidamente, caso as medidas de controle e erradicação não sejam adotadas logo após sua detecção.


"Este é um marco importante para o processo de erradicação [da febre aftosa] e uma grande notícia para a segurança alimentar nesses países", disse o Diretor de Desenvolvimento Pecuário da FAO, Tito Diaz, de acordo com um comunicado divulgado pelo escritório regional da agência.


Isto contrasta com o ocorrido entre 2009 e 2010, quando houve uma epidemia na região em estágio avançado.


Após isso, em 2011, foram registrados apenas cinco focos no Equador e dois na Venezuela. Além disso, em 2012 o Peru completou oito anos livre da doença; a Bolívia, seis anos; a Colômbia, quatro; e no Chile não há registros de surtos desde 1981.


De acordo com o Projeto Regional Integrado para o Controle Progressivo da Febre Aftosa, liderado pela FAO, esta situação mostra que a presença da doença deixou de ser endêmica para se tornar esporádica. Estes resultados são o produto de um trabalho técnico dos serviços veterinários dos países que tiveram o apoio da FAO. "É um bom momento para avançar com processo de erradicação na região", disse Diaz.


Em sua opinião, a vacinação continuará a ser uma ferramenta de gestão, mas agora é preciso fazer uma combinação de vigilância específica e de vacinação estratégica para interromper a transmissão da infecção.


O Brasil possui o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), sob responsabilidade do Ministério da Agricultura (MAPA), que tem como estratégia principal a implantação progressiva e a manutenção de zonas livres da doença, seguindo as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Em 2012, 16 estados mais parte do Pará foram considerados como Zona Livre de febre aftosa, ou seja, 88,5% do total do rebanho de bovinos e bubalinos do Brasil estão em zonas livres da doença. O estado de Santa Catarina é o único no país livre de vacinação.


Fonte: La Nacion. 20 de abril de 2013.


Tradução, adaptação e comentários (em azul) por Francisco Woolf, pesquisador da Scot Consultoria.



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