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Scot Consultoria

Inversão de valores


Quarta-feira, 23 de janeiro de 2013 - 14h39

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


De acordo com números oficiais divulgados pelo governo no último dia 15, a inflação na Argentina atingiu 10,8% em 2012.  Esse índice é bem diferente das estimativas extraoficiais divulgadas por diversas consultorias privadas, que se situam entre 25 e 30%. Segundo a revista Veja, "As estatísticas oficiais de inflação estão em xeque desde o começo de 2007, quando foram realizadas mudanças metodológicas na medição."


A vocação inflacionista do governo Cristina Kirchner é absurda.  Em entrevista concedida ano passado, p. ex., a presidente do Banco Central, Mercedes Marcó del Pont, afirmou que "é totalmente falso dizer que a impressão de mais dinheiro gera inflação.  Os aumentos de preços são provocados por outros fenômenos, como o abastecimento e o comportamento do setor externo".  Não por acaso, a impressão de dinheiro na Argentina tem sido 5 vezes mais rápida que a realizada pelo voraz presidente do FED, Ben Bernanke. Como gato escaldado tem medo de água fria, os argentinos colocaram as barbas de molho e trataram de defender seu patrimônio, dentro do possível.


Como era de se esperar, a principal consequência do instinto de autodefesa da população foi o aumento da cotação do dólar no mercado paralelo, lá chamado de "dólar blue" (o oficial responde pelo apelido de "dólar blanco").  Nos últimos dias, o "blue" tem sido negociado a aproximadamente 7,50 pesos, enquanto o "blanco" permanece na casa dos 5 pesos, o que representa um ágio de 50%.


Embora o governo Kirchner venha imprimindo dinheiro de forma criminosa, roubando a poupança e a renda de milhões de argentinos, são as vítimas que começam a ser perseguidas e até mesmo ameaçadas de prisão, numa completa inversão de valores.  A aquisição de moedas estrangeiras está terminantemente proibida, as casas de câmbio de Buenos Aires encontram-se sob intensa vigilância e a população sujeita à tirania da senhora Kirchner e seus asseclas.


Definitivamente, não é fácil ser argentino atualmente.


Por João Luiz Mauad


 


 



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