Modelo híbrido para os correios americanos

Por Ligia Filgueiras

Um think tank de Washington anunciou recentemente que vai realizar um estudo independente de como os correios dos EUA, uma empresa estatal, poderia ceder grande parte de sua atividade a empresas privadas, segundo relato do Washington Post.

O trabalho da National Academy of Public Administration, instituição sem fins lucrativos, vai analisar os benefícios de se restaurar a saúde financeira dos correios usando-se um modelo híbrido que passaria ao setor privado os serviços postais excetuando-se os de entrega em pontos remotos.

O atual serviço continuaria a fazer a entrega nesses pontos, deixando cartas e pacotes em caixas de correio.

O estudo deverá despertar mais atenção para um modelo público-privado como uma alternativa viável - e controversa - para substituir a atual estrutura do serviço postal americano, que conta com uma força de trabalho sindicalizada de mais de 650.000 empregados responsáveis por classificar, empacotar, transportar e entregar a correspondência. Com o volume de cartas de primeira classe despencando, já que os americanos agora desenvolvem suas atividades empresariais e de comunicações através da internet, o Serviço Postal americano perdeu US$16 bilhões em 2012.

A ideia de se privatizarem os serviços postais é muito bem aceita nos círculos conservadores, mas será um fracasso para outros. Sofre uma forte oposição dos democratas no Congresso e dos sindicatos postais, que temem perder dezenas de milhares de membros.

O estudo é avaliado pela Pitney Bowes, empresa de Connecticut que faz máquinas de franquear, software de remessa e outros equipamentos para correspondência comercial.

Fonte: Washington Post. Por Lisa Rein. 4 de janeiro de 2013.