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BRICS: o novo banqueiro do mundo?


Terça-feira, 11 de dezembro de 2012 - 17h27

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) já começaram a planejar seu próprio banco de desenvolvimento, bem como um fundo de resgate para ajudar muitos países no mundo. Essa é uma resposta à crescente insatisfação com instituições bancárias ocidentais como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo a publicação The Diplomat.


-Em conjunto, os países do BRICS têm apenas 11 por cento das ações com direito a voto no FMI.


-Um país como os Estados Unidos, em contraposição, tem 16,75 por cento das ações com direito a voto, o que lhe permite vetar quaisquer decisões importantes.


-O banco de desenvolvimento dos BRICS e o fundo de resgate serão criados com a arrecadação de cerca de US$240 bilhões em reservas cambiais.


-Este fundo será maior do que a soma do produto interno bruto (PIB) de 150 países.


Depois de uma primeira discussão em março durante uma reunião de cúpula dos BRICS, em Nova Déli, ficou estabelecido que as novas instituições serão formalmente fundadas na próxima reunião de cúpula dos BRICS em março de 2013.


O banco dos BRICS poderá financiar projetos que o Banco Mundial não financia, tais como biocombustíveis, grandes barragens e usinas nucleares, que não se beneficiam de financiamento do Banco Mundial porque não cumprem com determinadas normas ambientais.


As atuais instituições como o Banco Mundial, o FMI e o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento, muitas vezes concedem empréstimos sob condições. O banco de desenvolvimento que os BRICS se propõem a criar vai oferecer empréstimos sem estabelecer condições. O resultado mais provável dessas novas instituições será a maior influência que os países do BRICS terão sobre muitos países no mundo.


Um problema potencial é que os BRICS ainda não decidiram que moeda será usada para o fundo mútuo e o banco de desenvolvimento. A China tem se esforçado para aumentar o status internacional de sua moeda, tentando incluir o yuan nos Direitos Especiais de Saque (SDR) - o ativo de reserva internacional do FMI baseado em diferentes moedas - e poderá pressionar para que ele seja a moeda das novas instituições. O provável, no entanto, é que os outros países membros também pressionem para que seja adotado o dólar americano ou as moedas que compõem os SDR do FMI.


Artigo na íntegra: "BRICS: The Worlds New Banker?" The Diplomat, November 27, 2012"


Por Ligia Filgueiras



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