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Scot Consultoria

A pressão do Felipão


Quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 - 15h08

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Uma vez mais apontado como o técnico da nossa seleção, Felipe Scolari entrou de sola ao declarar que os jogadores têm que aceitar a pressão, caso contrário deveriam trabalhar no Banco do Brasil. Naturalmente, sua fala incomodou a turma defensora do estado empresário. Mas ele não mentiu.


Claro que nem todos os funcionários públicos são acomodados. Tem gente séria trabalhando em estatais. Mas os raladores de verdade são exceção, não a regra. E o motivo está no mecanismo de incentivos. Como Felipão bem sabe, o jogador, para dar o melhor de si, precisa dessa pressão, da punição se jogar mal, e do bônus se arrebentar.


O mesmo não ocorre nas estatais. Os funcionários estão cercados de privilégios, e quase nunca o mérito é utilizado como régua, sendo mais comum o uso de politicagem na escada hierárquica dessas empresas. Vide os escândalos infindáveis envolvendo estatais, as indicações apadrinhadas, os favorecimentos dos compadres.


Mas nem todos os funcionários públicos podem trabalhar sem pressão. Aqueles da Receita Federal precisam trabalhar direito para tirar mais recursos da sociedade e transferi-los aos cofres do governo. Por isso virou manchete, como de praxe: "arrecadação bate novo recorde!"


Trabalhamos mais de um terço do ano só para sustentar o setor público. Como a carga é escandinava, mas os serviços são africanos, ainda temos que pagar tudo em dobro: plano de saúde privado, segurança do condomínio, escola particular para os filhos, etc. Como seria bom se os acomodados estivessem na Receita, em vez de no Banco do Brasil...


Para resolver a ineficiência de nossas estatais, nem a pressão do Felipão dá jeito, pois ele não teria liberdade para agir com base na meritocracia. Só resta mesmo uma saída: Privatize Já!


 


Por Rodrigo Constantino



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