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Scot Consultoria

Luta livre e eleições


Terça-feira, 2 de outubro de 2012 - 17h55

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Faleceu nesta quinta Ted Boy Marino, o "avô" da luta livre. Ele foi um dos ícones daquelas "lutas" da década de 70, que mais pareciam um show cômico. Eu era muito novo no começo dos anos 80, mas ainda me lembro de algumas tardes vendo o espetáculo. E uma coisa nele sempre me incomodou profundamente: era "fake".


Os gostos mudaram, os "reality shows" estouraram (até em demasia), e hoje parece impensável tanto sucesso para uma luta armada daquelas. Estamos na era do MMA, da pancadaria real que pode mandar alguém direto ao hospital, quiçá cemitério.


É verdade que a quase completa ausência de regras no começo do "vale-tudo", nos tempos de Tank Abbott e dos Gracie, também era um impeditivo ao grande público. Era "tosco" demais, e para o MMA atingir milhões de espectadores, foi preciso suavizar um pouco a coisa e criar regras mais rígidas e civilizadas.


Mas por que falo disso tudo aqui? Porque, ao escutar sobre a morte de Ted Boy, pensei nas eleições. Se as lutas evoluíram para algo mais realista, as eleições brasileiras continuam um jogo de cena, pura armação. Não temos uma oposição legítima, séria, disposta a encarar de verdade os vilões da democracia e da liberdade. Temos "opositores" que simulam ataques, e provavelmente saem para bebericar juntos depois. São atores canastrões fazendo um teatro de quinta categoria para o "respeitável" público.


Está na hora de trocar a "luta livre" ensaiada pelo "vale-tudo" no ringue das eleições nacionais. Não é preciso liberar geral, com direito a dedo no olho e baixo nível. Mas é necessário tornar o evento mais realista, sim, com disputas legítimas. E quem pretende ter vida pública e viver do dinheiro dos nossos impostos, deve saber que temos o direito de esmiuçar os detalhes de sua vida privada, pois o decoro é um dos quesitos importantes para a liderança política. Ou deveria ser.


Nas eleições de 2006, por exemplo, no auge do Mensalão, a grande sorte de Lula e do PT foi ter no outro lado do ringue uma espécie de Ted Boy, pois fosse um Anderson Silva da vida, era nocaute na certa!


Por Rodrigo Constantino



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