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Scot Consultoria

O Mensalão, não a moral burguesa


Quarta-feira, 12 de setembro de 2012 - 11h23

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Dias atrás, chocado com a condenação de João Paulo Cunha, petista e ex-presidente da Câmara dos Deputados, o ex-presidente Lula declarou em alto e bom som que estava decepcionado com suas próprias indicações para ocupantes dos cargos de ministro do STF. Sua decepção se dava, especialmente, ao fato de ele mesmo ter maioria de indicações dentro do órgão. Acha o ex-presidente em exercício que a condenação de um réu petista é uma evidente falta de gratidão. Daqui para frente, afirma Lula, passará a ter mais cuidado nas indicações baseando-se no curriculum do indicado que, então, não precisaria justificar seus votos diante da opinião pública.


É chocante, por qualquer ótica que se observe, a declaração de Lula: ministros do STF devem votar segundo a orientação de um ex-presidente e, não, julgar com base nas provas e outras evidências. O que Lula sugere é que se indicasse nomes com curriculum já consagrado, eles votariam com o coração e, não, com a razão. A lógica de Lula é coerente, em todos os sentidos, com a pragmática petista de que os fins justificam os meios.


Sendo assim, juízes conhecedores da ética petista, e já com respeitável curriculum, não precisariam votar de acordo com a consciência nacional. Isto de votar com base na legislação em vigor é coisa de quem precisa ainda de construir um "curriculum", pensa Lula.


Por Arthur Chagas Diniz




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