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Scot Consultoria

Uso racional do crédito


Quinta-feira, 26 de julho de 2012 - 10h35

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


O desempenho do setor industrial brasileiro é o retrato do momento atual da economia brasileira: nova queda seguida. Desta vez o tombo de 4,3% em maio se comparado ao mês anterior.


O governo conhecedor das dificuldades em garantir um bom nível de atividade, em todos os setores, vem interferindo no ambiente econômico.


O governo federal ampliou seus gastos para movimentar a economia. Forçou para cima a cotação do dólar para melhorar o desempenho externo, incentivando exportações e inibindo importações e vem, mesmo que timidamente incentivando os investimentos produtivos.


Além destas medidas e, as que efetivamente têm apelo junto aos consumidores, são as mexidas nos impostos e crédito.


Redução do IPI, queda no IOF, queda nos juros básicos da economia, queda nos juros para o tomador final, queda nos juros para capital de giro, ampliação no prazo de financiamento, foram algumas medidas que pretendem tirar o consumidor da defensiva.


E neste momento é que este mesmo consumidor precisa redobrar a atenção. É o que denominamos de uso racional do crédito.


O crédito abundante e barato é chamariz. Cria um ambiente psicologicamente positivo, levando o consumidor menos cauteloso a antecipar compras. De um lado é positivo, pois as condições atuais para concretizar a aquisição do objeto de desejo são muito favoráveis, por outro lado é preciso ser racional para não ir além das possibilidades.


Vejam que não se trata de não comprar, mesmo porque, como colocado, as ofertas são tentadoras e excelentes, contudo, cada um deve ter muito bem planejado o que efetivamente a renda atual e futuro suportam em termos de gastos.


Um carro, por exemplo, a combinação da queda de preço, com juros menores, são ingredientes mais que suficientes para uma avaliação do tipo: é hora de comprar, e isso é verdadeiro. Por outro lado a pergunta a ser feita é: meu bolso tem folga suficiente para suportar uma parcela de financiamento, IPVA, licenciamento, seguro e manutenção do veículo?


Observem que há uma diferença entre oportunidades de compras em condições muito vantajosas, e capacidade de honrar os compromissos assumidos.


Não outro caminho: planejar. Conhecer os limites da renda, em que os recursos são gastos, a capacidade de poupar, enfim, de onde vem para onde vai o dinheiro, permitem ao consumidor comandar sua vida financeira.


Crédito é bom e bem vindo, mas o seu uso racional é que permitirá realizar o consumo desejado, sem dor de cabeça no futuro.



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