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Carta Grãos - Semana de relatórios. O que esperar para o milho?


Segunda-feira, 14 de maio de 2012 - 17h22

Zootecnista, formado pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, Câmpus de Ilha Solteira-SP, mestre em Administração de Organizações Agroindustriais pela UNESP, Câmpus de Jaboticabal-SP. É analista e consultor de mercado da Scot Consultoria. Coordena as divisões de pecuária de leite, grãos e avaliação e perícia. Editor-chefe do Relatório do Mercado de Leite, publicação da Scot Consultoria. Atuação nas áreas de análises, estabelecimento de cenários, estratégias de mercado, realização de projeções de preços, oferta, demanda, análises setoriais e pesquisa de opinião e imagem. Ministra aulas, palestras, cursos e treinamentos nas áreas de mercado de leite, boi, grãos e assuntos relacionados à agropecuária em geral.


A Companhia Nacional de Abastecimento divulgou no dia 10 de maio o oitavo levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos (2011/2012).


Para o milho safrinha, mais um ajuste na área plantada e na produção.


A CONAB fala em 7,16 milhões de hectares de milho de segunda safra nesta temporada, frente a 7,07 milhões de hectares estimados no relatório de abril.


Desde janeiro, quando a CONAB divulgou os primeiros números relacionados à safrinha de milho 2011/2012, as expectativas com relação à área plantada e produção aumentaram 21,1% e 41,8%, respectivamente (figura 1).



Em 2010/2011, o milho safrinha ocupou 5,88 milhões de hectares, num total de 21,48 milhões de toneladas.


Se o clima colaborar, e tem colaborado, a produção de milho deve ultrapassar 30,0 milhões de toneladas nesta safrinha. 


No total (primeira e segunda safras) são previstas 65,90 milhões de toneladas, ou 14,8% mais milho na comparação com a safra anterior. Esta previsão de maior oferta tem pressionado para baixo os preços do milho. 


Além disso, como boa parte da safrinha foi negociada antecipadamente, em valores mais baixos, o ritmo dos negócios diminuiu, colaborando para a pressão de baixa.


Em São Paulo, região de Campinas, a saca de 60kg de milho está cotada em R$25,00. 


Os preços caíram, em média, 9,0% desde o começo de abril. Em relação ao mesmo período do ano passado, o milho está 13,8% mais barato. Veja a figura 2.



Com o início da colheita do milho safrinha e aumento da disponibilidade interna, recuos nos preços do grão não estão descartados.

Milho nos Estados Unidos

Também no dia 10 deste mês, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) divulgou o relatório de oferta e demanda mundial de grãos. Para esta temporada, os estoques mundiais (finais) estão estimados em 127,56 milhões de toneladas de milho. Este volume é 2,5% maior que o registrado no fim da temporada passada.


As novidades ficam por conta dos números referentes à safra 2012/2013, em plantio no hemisfério Norte. A produção de milho norte-americana está estimada em 375,68 milhões de toneladas. Um incremento de 19,7% em relação a produção em 2011/2012.


O USDA prevê um crescimento da demanda por milho nos Estados Unidos de 8,4% em 2011/2012, puxado pela indústria do etanol. Aproximadamente 80,0% do milho produzido no país tem como destino o mercado interno.


As exportações norte-americanas devem aumentar 11,8%, em função da maior disponibilidade do grão.


Apesar da previsão de maior demanda interna, os estoques finais em 2012/2013 devem mais que dobrar (aumento de 120,1% em relação a 2011/2012). Estão estimados em 47,78 milhões de toneladas.



Já os estoques mundiais estão estimados em 152,34 milhões de toneladas de milho, 19,4% maior que o previsto para o fim da temporada atual, que já é grande.


Esta previsão de maior oferta mundial e estoques mais confortáveis colaboram com a pressão baixista no mercado brasileiro.



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