• Quinta-feira, 25 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Lições da seca podem ser oportunidades de negócios


Quinta-feira, 24 de março de 2005 - 15h00


  • O agronegócio brasileiro representa 37% dos empregos, 34% do PIB e 43% das exportações brasileiras. Além de já ser o maior negócio brasileiro, ainda possui potencial para crescer, ocupando espaço no mercado internacional nas diferentes commodities.
    O BRASIL
  • O Brasil já é o primeiro país exportador em oito commodities. Possui potencial de crescimento competitivamente em produtividade, custos, escala de produção e qualidade. No entanto, é necessário que o poder público faça a sua parte, relativamente no que diz respeito às políticas públicas, e que os produtores se preocupem com a gestão do seu negócio, enxergando e agindo sobre os gargalos em sua atividade com muito profissionalismo, preocupando-se com a harmonia dos diferentes elos das cadeias produtivas nas quais estão inseridos.
  • O Brasil possui mais de cem milhões de hectares de terras agricultáveis a serem agregados aos atuais 60 milhões de hectares. Possui tecnologias de produção, diversidade climática, recursos humanos qualificados, potencial de bioenergia e competitividade para produzir a baixos custos, alta produtividade e com qualidade.
    FERRAMENTAS DA PRODUÇÃO
  • A pesquisa de tecnologias de produção e a assistência técnica ao produtor, que agrega valor ao produto e à produção, voltadas para as exigências de mercado (cliente), são indiscutivelmente os fatores que fazem a diferença no sucesso do negócio.
  • A pesquisa agropecuária pública e privada, juntamente com o crédito rural e a assistência técnica, explica em grande parte o sucesso das commodities do agronegócio brasileiro no mercado internacional.
  • Estas ferramentas da produção devem ser intensificadas, porque o Brasil tem vantagens competitivas e comparativas em relação aos demais países e precisa crescer no mercado internacional e nacional.
    SECA NO RS
  • O Rio Grande do Sul já viveu muitas estiagens e situações de déficit hídrico. Segundo contam as pessoas mais velhas, a pior seca foi a de 1943, e, segundo os dados da pesquisa meteorológica, nos últimos dez anos ocorreram sete anos com média de chuvas inferiores às médias históricas.
  • Ainda no ano passado, nesta mesma época, passamos uma estiagem cujos efeitos negativos ainda se fazem sentir este ano. No corrente ano, a situação financeira decorrente da seca se refletirá nas economias dos municípios e no comércio das cidades do Rio Grande do Sul, afetando empregos e renda.
  • É lamentável que o cultivo da lavoura desta safra tenha sido o de maior nível de uso de tecnologia de produção e, ao mesmo tempo, tenha sido frustrado em função da seca.
  • Diante disso, cabem algumas reflexões, tais como: se tivéssemos irrigação e/ou crédito rural acessível e factível para irrigação, qual seria a produção? Se estudássemos as precipitações históricas, quais culturas e em que época plantaríamos nossa lavoura? Quais são os riscos dos diferentes negócios agrícolas (lavouras e pecuária) que podemos realizar na nossa propriedade? Será que a pequena propriedade (UP) deve produzir soja, milho, trigo para o mercado ou deve produzir produtos que sejam transformados na Unidade Produtora visando agregar valor? Será que o governo vai ajudar os produtores como tem socorrido os bancos (PROER), as micro e pequenas empresas, e os estudantes? Quais preços o mercado está e estará disposto a pagar pelas commodities? O nosso custo de produção é competitivo no mercado onde escoamos nossos produtos? Qual é a segurança de preço e produção que teremos nos próximos cultivos e/ou anos? Como estão os estoques mundiais dos diferentes produtos agrícolas? Quais as intempéries (geada, granizo, chuvas, etc) a que estamos sujeitos em nossa atividade?
  • Esses questionamentos nos levam a realizar um planejamento a longo prazo, e nos levam a uma tomada de decisão mais acertada para a gestão do nosso negócio.
    É PRECISO TOMAR DECISÕES
  • Lembro-me que, há alguns anos, realizamos uma pesquisa no âmbito do produtor, fazendo silagem de soja, o que deu excelentes resultados; essa tecnologia da ensilagem ficou adormecida na prateleira e agora aparece como uma grande solução, em especial para o produtor que possui leite e soja. Estamos orientando os produtores de leite para que transformem a soja em silagem, para que, com isso, eles possam transformar a soja em leite e obter o equivalente em remuneração a 30 a 40 sacos por hectare.
  • A velocidade dos negócios cada vez é mais rápida, e isso significa que os produtores também precisam tomar decisões mais rápidas. Neste momento, por exemplo, é mais negócio transformar a soja em silagem, duplicando os seus resultados através da produção de leite, e ainda possibilitando não prejudicar totalmente as curvas de lactação, produção atual e futura das vacas, bem como a reprodução para a entressafra do próximo ano.
  • Além disso, cabe imediatamente cultivar as forrageiras de inverno (aveia, azevém, ervilhaca, milho verde, etc) para que, logo em seguida, quando acabar a silagem, o produtor tenha alimento de alta qualidade e na quantidade necessária.
    << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
  • Buscar

    Newsletter diária

    Receba nossos relatórios diários e gratuitos


    Loja