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Scot Consultoria

O desafio de transformar o discurso em realidade


Quarta-feira, 28 de março de 2012 - 23h44

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Por Luiz Alberto Machado A revista Veja desta semana traz uma extensa entrevista com Dilma Rousseff na qual a presidente da República faz uma série de afirmações alentadoras, entre as quais eu destacaria as seguintes, acrescidas de breves comentários: DR: “Ficamos todos de acordo [ela e 28 dos maiores empresários do país, reunidos em Brasília na semana passada] que os impostos têm que cair, os investimentos privados têm de aumentar e o que precisar para elevar a produtividade da economia brasileira e sua competitividade externa será feito”. Comentário: De pleno acordo. Ao contrário daqueles que acreditam em impostos cada vez maiores e num estado cada vez mais intervindo na economia para solucionar os problemas, nós, liberais, acreditamos que a solução dos problemas relacionados a preços e produção passam inevitavelmente pelo aumento da produtividade e, em consequência, pela maior competitividade de nossos bens e serviços. DR: “Primeiro, não é verdade que estejamos pondo a culpa das reais distorções do Brasil em pressões produzidas no exterior. É uma simplificação grosseira supor que o governo brasileiro considere as pressões externas a única causa de nossos problemas. Segundo, ignorar que existem fortes externalidades agindo sobre a economia brasileira é um erro que não podemos cometer, sob pena de arriscar a prosperidade nacional, a saúde de nossa base industrial e os empregos de milhões de brasileiros. Terceiro, os fatores exógenos são reais e não podem ser subestimados”. Comentário: Não há como deixar de reconhecer que a participação da produção industrial vem caindo no Brasil. Matéria da Folha de S. Paulo mostra que a participação da indústria no PIB brasileiro recuou aos níveis de 1956, ano em que o presidente Juscelino Kubitschek deu impulso à industrialização do país ao lançar seu Plano de Metas, que prometia fazer o Brasil avançar "50 anos em 5". Porém, não basta apenas reconhecer a existência do problema. Afinal ele é evidente. O desafio que se impõe é como resolvê-lo, sendo fundamental para tanto reduzir os custos de produção vigentes no país, uma vez que, segundo matéria de O Estado de S. Paulo “está mais barato produzir bens industriais nos Estados Unidos do que no Brasil”. DR: “O protecionismo é uma maneira permanente de ver o mundo exterior como hostil, o que leva ao fechamento da economia. Isso não faremos. Já foi tentado no passado no Brasil com consequências desastrosas para o nosso desenvolvimento. Cito aqui o caso da reserva de mercado para computadores que, nos anos 80, atrasou a modernização do parque industrial brasileiro e nos privou de tecnologias essenciais. Não vamos repetir esse erro. Não vamos fechar o país”. Comentário: Estou plenamente de acordo, porém isso só será possível se houver o aumento de produtividade já mencionado, o que passa, necessariamente, pela redução do Custo Brasil, no qual o governo tem participação elevada. Sem redução da burocracia, da carga tributária, da corrupção, dos gastos com custeio e sem mexer na previdência e nos encargos trabalhistas dificilmente haverá aumento de produtividade, o que compromete nossa competitividade externa. Como se pode observar, o discurso está ótimo. Resta ver se a presidente da República conseguirá transformá-lo em realidade.
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