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Scot Consultoria

Não adianta berrar contra a escuridão


Sexta-feira, 9 de março de 2012 - 16h13

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Por Arthur Chagas Diniz Tal como esperado, o encontro entre a chanceler alemã Ângela Merkel e a presidente Dilma Rousseff repetiu o discurso que ambas têm feito recentemente. Merkel dirigiu-se especialmente a seus parceiros europeus e a Rousseff, aos subdesenvolvidos que, por vezes sim, por vezes não, gostam de se chamar de emergentes. Merkel explicou o que Dilma chamou de “tsunami monetário” como uma injeção de capital absolutamente necessária para manter alguns países da zona do euro ameaçados pela iliquidez. Dilma assume que a taxa de câmbio, com a valorização crescente do real, torna impossível manter o real em valor que permita aos subdesenvolvidos ou emergentes – como é designado o Brasil (por nós mesmos) quando queremos ou precisamos de compreensão internacional (alternando para “6ª potência do mundo”, quando em atos de ufanismo interior) – manterem rentáveis os produtos de exportação e torna irresistível a atração pela importação. O real está supervalorizado em consequência do “tsunami” que resultou da entrada maciça de capital externo especulativo buscando remuneração que não encontra em seu país de origem. É verdade, isto pressiona o câmbio valorizando o real, mas é preciso olhar para o nosso próprio umbigo. Recolhendo um valor de quase 5 meses de trabalho sob forma de impostos, utilizando esta carga tributária para financiar despesas correntes (especialmente salários milionários, aposentadorias e pensões em valores superiores à folha de ativos) sobra muito pouco para manter a infraestrutura existente. As despesas com a folha de pagamento de funcionários públicos aposentados (e seus pensionistas) só vão crescer até o FUNPRESP passar efetivamente a funcionar (36 anos). Até lá, para não ter que enfrentar com gritos e repulsa investidores ou especuladores externos, Dilma vai ter que, independentemente de suas crenças ou ojerizas pessoais, tratar o programa de privatização da infraestrutura do Brasil como assunto prioritário. Não adianta berrar contra a escuridão, o remédio é acender a luz.
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