• Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
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Os impactos da seca na pecuária gaúcha

Os impactos da seca na pecuária gaúcha


Colabourou Renato Fagundes Bittencourt Apesar das últimas chuvas terem amenizado os efeitos da seca no Rio Grande do Sul, o longo período de estiagem afetou a agropecuária do estado. As chuvas registradas em janeiro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram de 100 a 200mm, em média, na região Leste do estado. Nas regiões Central e Sul, onde se concentra grande parte da produção pecuária do Rio Grande do Sul, choveu de 5 a 30mm. Essa situação deve se repetir em fevereiro e março. As precipitações devem ficar aproximadamente 40,0% abaixo do normal. Para abril a previsão é de chuvas acima da média em todo o estado. As pastagens, nativas e cultivadas, apresentam baixo crescimento, baixa produção de matéria verde e queda de qualidade. Em alguns casos há falta de água para o gado beber. Os rebanhos de corte estão sendo afetados pela perda de peso, ou falta de ganho. Esta situação diminuiu a oferta de animais para o abate em janeiro. Segundo levantamento Scot Consultoria, o preço da arroba do boi gordo subiu, em média, 4,9% em janeiro no estado. Dados da EMATER/RS apontam para perdas médias de 400g por animal/dia até 20 de janeiro. O período de outono/inverno deve ser mais crítico este ano, por ser difícil em relação à disponibilidade de alimentos e os animais não estarão com estado corporal adequado. A taxa de natalidade deverá cair. Segundo a EMATER/RS, em algumas cidades a queda pode chegar a 30,0% em relação ao mesmo período em 2011, isto terá efeitos sobre a oferta de animais de reposição. Na pecuária leiteira os impactos são notados diretamente na produção. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), a captação no estado caiu 20,0% em janeiro deste ano comparado ao mesmo período de 2011. O rebanho leiteiro sofre, além da queda na qualidade e quantidade alimentos, também com o calor excessivo. A seca aumenta também os custos de produção, principalmente do rebanho leiteiro, que utiliza suplementação em maior quantidade que o rebanho de corte. A quebra na safra de grãos aumenta os preços dos insumos e diminui a oferta. Para o produtor, o preço do leite subiu 3,3% no Rio Grande do Sul em janeiro, em função da menor oferta e custos maiores. Porém, em curto prazo o mercado é baixista devido ao aumento da produção no Sudeste e Centro-Oeste do país. O menor consumo de lácteos neste período diminui a pressão do lado da demanda. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
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