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Scot Consultoria

Vamos reinventar o PAC?


Sexta-feira, 11 de novembro de 2011 - 14h48

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Os denominados Planos de Aceleração do Crescimento (PAC 1 e PAC 2), como Lula gostava de chamar o conjunto de inaugurações promovido para respaldar a eleição de Dilma Rousseff à Presidência, pecam por mostrar o perfunctório e esquecer o essencial. O total de investimentos em infraestrutura no país é de 2,1 % do PIB comparativamente ao chinês (7,3%) e ao da Índia (5,6%) dos respectivos PIBs. Não se diga que isto se deve ao fato de que o Brasil estaria com uma infraestrutura nova, moderna ou bem conservada. Equivocadamente, no país que a partir dos anos JK investiu apenas em estradas de rodagem, e abandonou o transporte ferroviário sem jamais pensar na utilização das hidrovias, as estradas de rodagem vão muito mal. O último relatório do Conselho Nacional de Transportes mostra que 58,0% da malha rodoviária vão de mal a pior. Seria bem mais sensato reparar rodovias e repassá-las, via concessão, ao setor privado do que investir no bondinho do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. Não são apenas as rodovias que se deterioram e geram crescentes custos de transportes (de carga e de passageiros); há também as despesas correlatas causadas pelas vítimas do transporte rodoviário, a partir dos próprios motoristas de caminhão que têm as vidas cortadas e inúmeros problemas médicos e mentais. O Estado brasileiro só privatiza (via concessões) ou efetua parcerias público-privadas em situações limites. Pressionado pela nossa vaidade em realizar grandes eventos esportivos internacionais, o setor aeroportuário necessita de uma reformulação total, concedendo à iniciativa privada a exploração dos aeroportos. O pessoal da Infraero, uma das matrizes da corrupção brasileira, luta denodadamente para, simultaneamente, efetuar a concessão de exploração dos aeroportos mais importantes (São Paulo, Rio e Brasília), bem como participar em 49,0% do capital da concessionada. Isto significa que vamos ter (passageiros) de pagar elevadas taxas para usar esses aeroportos. Não precisamos de PACs fantasiosos. Precisamos que o Estado se abra à iniciativa privada, possibilitando um crescimento de nível chinês. O PAC bem poderia chamar-se, então, de Plano de Ação Consciente. - Por Arthur Chagas Diniz, é engenheiro civil e eletrônico pela escola nacional de engenharia e presidente do instituto liberal.
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