O plantio da safra 2011/2012 está seguindo muito bem, isso também tem colaborado com a boa preparação dos agricultores otimistas para o plantio, que tiveram um bom planejamento com o abastecimento antecipado de fertilizantes e a aquisição de sementes.
Informações divulgadas pelo Invertia/Terra relatam que o plantio de milho já superou 51,0% da área prevista e o plantio de soja atingiu 41,0%.
No Centro-Oeste, após um início ainda irregular, o plantio da nova safra adquiriu um bom ritmo, contando com dias de sol intercalados com chuvas suficientes. Conforme dados do Intituto Mato-grossense de Economia Agopecuária (IMEA), o plantio da soja no Mato Grosso já atingiu 58,1% da área estimada de 6,78 milhões de hectares que será plantada com a cultura no estado, enquanto no ano passado, neste mesmo período o plantio havia atingido apenas 31,1%. No gráfico a seguir pode ser visualizada a diferença da evolução do plantio entre este ano e o anterior.
Muitos agricultores já plantaram 100% da sua área e alguns municípios como Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso já estão perto do fim do plantio. Também já se considera que o nível da área plantada já atingida e que possibilitará uma colheita cedo, garante a disponibilidade para o plantio da safrinha de milho, e segundo o IMEA, poderá ter um aumento de 15,0%, atingindo 2 milhões de ha. Neste clima, os agricultores já aproveitaram para antecipar a venda da produção de milho a ser ainda plantada, comercializando 46,0% da produção estimada.
No Rio Grande do Sul os dados são da Emater e consideram que o plantio de milho, iniciado ainda em agosto já atingiu 63,0% da área, mas a continuidade do plantio deverá ser mais lenta, pois os produtores ainda precisam concluir a colheita de trigo e fazer o plantio de soja que atingiu 10,0% da área prevista.
O estado do Paraná também tem um bom ritmo de plantio, com o milho atingindo 91,0% da área e a soja já está com 63,0% conforme os dados divulgados pela Secetaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB).
Segundo dados divulgados pela Invertia/Terra, no Mato Grosso do Sul o plantio da soja atingiu 62,0%, relatando também que em Goiás o plantio alcançou 51,0% da área e mesmo na região do MATOPIBA o plantio já atingiu 10,0% da área, favorecido pela boa ocorrência de chuvas em outubro.
Nitrogênio
O mercado segue igual: variações muito pequenas no preço da ureia e apenas um pequeno ajuste para o alinhamento de preços de nitrato de amônia com origem no Mar Negro.
Possivelmente os preços devem ser mantidos com estas pequenas flutuações no curto prazo, havendo a necessidade de uma maior atenção no início de 2012 diante das expectativas de plantio da safra norte-americana e que podem empurrar os preços para cima.
Fosfatados
Seguem também com preços praticamente estáveis e com uma leve tendência para uma pequena redução no curto prazo em função da redução de demanda no período. O mercado brasileiro está bem abastecido, desta forma os compradores não exercem nenhuma pressão altista no mercado, colaborando para esta situação tranquila.
O que deverá impulsionar as vendas de fosfatados é o período de plantio da safra norte-americana, que apesar das recentes quedas de preços de milho e soja, ainda se encontram bastante atraentes para o produtor americano que estará motivado para a compra de fertilizantes. Neste cenário, as previsões da
Farm Futures são de aumentos de preços para os fosfatados no fim do primeiro trimestre de 2012.
Potássio
A procura por novas compras de potássio está pequena e assim os preços continuam nos mesmos patamares anteriores, sem que os produtores internacionais consigam impor um novo aumento como pretendido.
Como o mercado é dominado por poucas empresas que acreditam que a demanda mundial deve continuar em alta em função da necessidade de maior produção agrícola e ainda que o uso de potássio é insuficiente em muitos países, não se deve esperar um mercado mais favorável para os compradores.
Ao menor sinal de um aumento na demanda, principalmente para o plantio da próxima safra no hemisfério norte, deverá ser suficiente para novos aumentos de preços. Diante da necessidade de uma maior produção agrícola e dos preços das
commodities, assim como para os fosfatados, devemos esperar novos aumentos somente no final do primeiro trimestre de 2012.
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