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Scot Consultoria

Custos de implantação de um sistema de pastejo rotacionado


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Quinta-feira, 2 de julho de 2009 - 08h59


Depois de escolhido a espécie forrageira a ser implantada, e definido todo o dimensionamento da área, partimos para a construção propriamente dita do nosso sistema de pastejo rotacionado. A transferência do que foi projetado no papel para o campo deve ser feita por um profissional da área de topografia ou por quem tenha conhecimento neste assunto, para que as áreas cercadas correspondam fielmente às áreas projetadas. CONSTRUÇÃO DA CERCA ELÉTRICA A cerca elétrica é sem dúvida a maneira mais econômica de se dividir a área em piquetes e com eficiência comprovada. No momento da construção da cerca devemos nos atentar para alguns fatores: Escolha do eletrificador a ser utilizado; - Fazer os aterramentos de acordo com o recomendado; - Isolamentos em postes e colchetes devem receber cuidado especial; - Distribuir a eletricidade por ramais no sistema para facilitar eventuais manutenções; - Disponibilizar pára-raios ao longo das cercas, entre outros. Vale lembrar que o sistema compreende uma área de 20 hectares de pastagem da espécie Panicum maximum cv. Mombaça, dividida em 10 piquetes de aproximadamente 2 hectares, que serão ocupados durante 3 dias cada um. CARACTERÍSTICAS DA CERCA Para efeito de cálculo consideramos que as lascas foram dispostas de dez em dez metros. A madeira utilizada foi a lasca de eucalipto com 8 cm de diâmetro e os esticadores com 15 cm de diâmetro. A cerca será construída com dois fios de arame. Para cálculo da mão de obra admite-se um custo de R$4,00 por lasca “fincada”. Chega-se à um custo total de R$12.039,91 para implantação das cercas elétricas, o que equivale a um custo de R$2.668,00 por quilometro de cerca construída. TAXA DE LOTAÇÃO DO SISTEMA O número de vacas com peso médio de 500kg alocados no sistema é de 120, o que nos dá uma taxa de lotação de 6,66 UA/ha, valor bem acima da media nacional. Podemos intensificar ainda mais este sistema, sem alterarmos sua configuração, apenas aumentando o número de animais alocados. Para tanto, basta trabalharmos com níveis mais elevados de adubação. No caso do nitrogênio, o potencial de resposta das pastagens tropicais é da ordem de 1.600kg/ha/ano, embora a eficiência de utilização seja reduzida a partir de 300kg/ha/ano. Em sistemas mais intensivos de produção de leite a adubação nitrogenada se situa entre 150kg/ha/ano e 300kg/ha/ano, dependendo da espécie forrageira e da produção esperada.
Rogério M. Coan é zootecnista - doutor em produção animal
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